Navio de guerra dos EUA no Caribe em frente à Venezuela simboliza aumento das tensões entre Washington e Caracas.
O destróier USS Gravely, da Marinha dos Estados Unidos, está atracado em Trinidad e Tobago em meio ao aumento da tensão com o governo de Nicolás Maduro.

O navio de guerra USS Gravely, dos Estados Unidos, chegou neste domingo (26) a Trinidad e Tobago, arquipélago localizado em frente à costa da Venezuela.
A movimentação amplia a presença militar americana no Caribe, em um momento de tensões crescentes com o governo de Nicolás Maduro.

O governo trinitário havia anunciado a chegada da embarcação dias antes. O USS Gravely permanecerá atracado em Port of Spain, capital do país, até quinta-feira (30).
Durante esse período, fuzileiros navais americanos devem participar de treinamentos conjuntos com as forças de defesa locais.

Apoio político e reação de Caracas

A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, é aliada política de Donald Trump. Desde que assumiu o cargo em maio, ela mantém discurso firme contra a imigração venezuelana.
Segundo analistas, essa postura aproxima o país dos interesses estratégicos de Washington.

Por outro lado, o governo de Maduro acusa Trinidad e Tobago de servir como base logística americana no Caribe.
Na semana passada, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, anunciou exercícios militares navais e aéreos para proteger o litoral venezuelano de “ameaças territorialistas e operações encobertas”.

Escalada recente de tensões

As relações entre Venezuela e Estados Unidos se deterioraram ainda mais desde agosto.
Naquele mês, o então presidente Donald Trump confirmou o envio de navios e aeronaves militares ao Mar do Caribe.
Além disso, ele admitiu ter autorizado ações secretas da CIA contra o regime de Maduro.

Essas medidas reacenderam a rivalidade histórica entre os dois países.
De acordo com especialistas, a presença do destróier no Caribe representa uma demonstração de força e pressão diplomática direta sobre Caracas.

Contexto geopolítico

O episódio ocorre em meio a um reposicionamento estratégico dos EUA na América Latina.
O objetivo é conter a influência de governos aliados à Rússia e à China e garantir o controle das rotas marítimas do Caribe.
A região volta a ser palco de disputas por poder e influência militar, o que preocupa vizinhos e organizações internacionais.

Presença militar americana reacende rivalidade com Caracas

A chegada do USS Gravely a Trinidad e Tobago marca um novo capítulo da tensão entre Washington e Caracas.
Para analistas, o gesto confirma a intenção americana de reafirmar hegemonia regional, enquanto a Venezuela reage fortalecendo laços com potências rivais.
Assim, o Caribe se torna novamente centro das atenções geopolíticas.

Fonte: Band News