Mulher observa a geladeira aberta com brilho elétrico, enquanto símbolos de chuveiro e ar-condicionado representam os vilões da conta de luz.
Arte mostra o impacto do chuveiro elétrico, da geladeira e do ar-condicionado no aumento do consumo de energia residencial.

Mesmo sem grandes mudanças na rotina, muitos brasileiros perceberam que a conta de energia elétrica não para de subir. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o país está sob a bandeira vermelha nível 1, o que adiciona cerca de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Por isso, em tempos de tarifa extra, cada gesto de economia faz diferença.

Os aparelhos que mais consomem energia

De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), apenas 11 dos 51 equipamentos domésticos analisados respondem por 80% do consumo total. Ou seja, poucos aparelhos concentram a maior parte do gasto nas residências.

Montagem com chuveiro elétrico, geladeira aberta e controle remoto de ar-condicionado, representando os aparelhos que mais gastam energia nas residências.
Chuveiro elétrico, geladeira e ar-condicionado são os principais responsáveis pelo aumento da conta de energia elétrica no Brasil.

Entre eles, o chuveiro elétrico lidera o ranking com 1.609 kWh por domicílio/ano, seguido pela geladeira, com 368 kWh/ano, e pelo ar-condicionado, com 106 kWh/ano.

Além disso, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) reforça que os equipamentos de aquecimento e refrigeração — como ferros de passar, fornos elétricos e lava-louças — também têm alto impacto na conta. Outro ponto importante é que aparelhos menores, como lâmpadas incandescentes, podem pesar no fim do mês quando utilizados em grande número, especialmente se não forem modelos de LED.

Erros comuns que aumentam o gasto

Em geral, os maiores desperdícios estão relacionados ao uso incorreto dos aparelhos. Por exemplo, deixar o chuveiro em temperatura alta, abrir a geladeira com frequência ou ajustar o ar-condicionado abaixo de 23 °C são hábitos que elevam o consumo.

O Idec recomenda ainda não armazenar alimentos quentes na geladeira e verificar a vedação das portas. Afinal, borrachas ressecadas ou danificadas fazem o motor trabalhar mais e, consequentemente, aumentam o gasto de energia.

Aparelhos antigos: vilões ocultos

Além dos hábitos, a idade dos equipamentos também influencia o consumo. Aparelhos antigos, por exemplo, costumam ter eficiência energética inferior. De acordo com o Idec, os níveis de exigência técnica são revisados periodicamente para estimular a adoção de tecnologias mais modernas.

Assim, trocar por modelos novos e com selo Procel A pode gerar uma economia de até 30% na conta de luz, especialmente em eletrodomésticos de uso contínuo como geladeiras e condicionadores de ar.

Economia começa em pequenos gestos

Embora pareça difícil economizar, pequenas ações fazem toda a diferença. Banhos mais curtos, lâmpadas de LED e temperaturas moderadas no ar-condicionado são atitudes simples e eficazes. Além disso, usar os aparelhos com consciência reduz o impacto ambiental e financeiro.

Portanto, em tempos de bandeira vermelha, consumir energia com responsabilidade é a melhor maneira de proteger o bolso e o planeta.

Fonte: G1