Professor brasileiro segura tablet com projeção de cérebro digital azul diante de mapa do Brasil, representando o uso de IA nas escolas.
Segundo levantamento da OCDE, 56% dos professores brasileiros dizem usar ferramentas de inteligência artificial nas salas de aula.

O Brasil se destaca no uso de inteligência artificial na educação. De acordo com um estudo global recente, os professores brasileiros estão entre os mais propensos a adotar ferramentas de IA para preparar aulas, corrigir atividades e personalizar o ensino.

A pesquisa, conduzida pela consultoria Learning Planet Institute em parceria com a UNESCO, analisou práticas pedagógicas em mais de 40 países. O relatório concluiu que a maioria dos docentes no Brasil já utiliza a IA de forma cotidiana, seja para gerar conteúdos didáticos, planejar estratégias de ensino ou automatizar tarefas administrativas.

Entre os exemplos mais citados estão o uso do ChatGPT, Bing Copilot e Google Gemini, empregados para criar planos de aula, elaborar questionários e adaptar exercícios às diferentes necessidades dos alunos. Além disso, muitos professores relatam o uso de plataformas de IA generativa para traduzir materiais, revisar textos e explicar conceitos complexos de forma interativa.

“Essas ferramentas têm sido grandes aliadas para otimizar o tempo e enriquecer a aprendizagem”, explica Maria Cláudia Nogueira, professora da rede pública de São Paulo. Segundo ela, a IA se tornou uma parceira indispensável na criação de conteúdos mais acessíveis e atraentes.

Desafios éticos e capacitação docente

Apesar dos avanços, a integração da IA na educação ainda enfrenta desafios éticos e técnicos. O relatório destaca que parte dos professores não recebeu treinamento adequado para lidar com as limitações e os vieses dessas tecnologias. Além disso, há preocupação com a privacidade de dados e a verificação da autoria de textos produzidos por IA.

Por isso, especialistas defendem que o uso da tecnologia deve ser acompanhado por políticas públicas que assegurem formação continuada, transparência algorítmica e inclusão digital. “O futuro da educação com IA depende da capacidade de formar professores críticos e conscientes do poder e dos riscos dessas ferramentas”, afirma o pesquisador Carlos Mendes, da Universidade de Brasília (UnB).

Educação brasileira na era da inovação

Nos últimos anos, o Brasil vem ampliando investimentos em tecnologias educacionais. O Ministério da Educação (MEC) e diversas secretarias estaduais têm implementado programas de capacitação digital voltados a professores e alunos. Além disso, o avanço das inteligências artificiais generativas estimulou escolas públicas e privadas a experimentarem novos formatos de ensino híbrido, gamificação e avaliação automatizada.

Com isso, o país se posiciona entre os que mais exploram a IA para modernizar o aprendizado. Para especialistas, esse movimento representa um marco de transformação na prática pedagógica, aproximando o Brasil das tendências internacionais de inovação e mostrando o protagonismo de seus educadores.

O protagonismo dos professores brasileiros no futuro da educação

O avanço da inteligência artificial na educação brasileira reflete a rápida adaptação dos docentes às novas ferramentas tecnológicas. Embora desafios ainda existam, o protagonismo dos professores brasileiros no uso da IA reforça um cenário de mudança, no qual o aprendizado se torna cada vez mais personalizado, inclusivo e conectado ao futuro da educação.

Ao investir em capacitação e responsabilidade digital, o Brasil demonstra que é possível equilibrar inovação e ética. Assim, a educação se consolida como uma das áreas mais promissoras no uso consciente da inteligência artificial em benefício do conhecimento e da sociedade.

Fonte: Olhar Digital