Arte mostra a Usina de Jirau e ilustração dos mapas do Brasil e da Bolívia unidos pela geração de energia
Imagem destaca a Usina de Jirau no Rio Madeira, com mapa do Brasil e Bolívia ilustrando o acordo para divisão da energia adicional

Acordo permite ampliação da geração no Rio Madeira

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, no início de outubro, a repartição da energia gerada além da capacidade anterior da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia. O aval do governo cumpre o acordo diplomático assinado com a Bolívia em 2024.

A autorização elevou a cota do reservatório para 90 metros, o que resultou no aumento da produção energética. Além disso, o novo regime de operação intensificou a cooperação bilateral entre os dois países.

Brasil fica com dois terços da energia extra

Ministro de Minas e Energia participa de reunião do CNPE ao lado de autoridades do governo federal
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, durante reunião do CNPE sobre a repartição da energia extra da Usina de Jirau

O acordo estabeleceu que um terço da energia será fornecido à Bolívia, enquanto o Brasil reterá dois terços para reforçar o Sistema Interligado Nacional (SIN). O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que a geração inicial será de 121,1 megawatts médios (MWmed). Posteriormente, ao atingir o patamar máximo de operação, a usina entregará até 236,5 MWmed ao sistema elétrico brasileiro.

Medida fortalece a segurança energética

O ministro Alexandre Silveira afirmou que a repartição dos benefícios atende aos compromissos internacionais e amplia a capacidade de resposta do país. Segundo ele, a decisão estratégica contribui para fortalecer a matriz elétrica com foco em sustentabilidade e diplomacia regional.

“Esse é um passo decisivo para garantir segurança energética ao Brasil, respeitando acordos e fortalecendo a integração com nossos vizinhos”, destacou Silveira.

Estados e municípios aumentam arrecadação

A operação em novo regime também aumenta o recolhimento da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH). Isso gera benefícios diretos para estados e municípios afetados, o que amplia o impacto positivo da decisão. Além disso, a medida melhora a segurança jurídica e eleva o interesse de investidores no setor elétrico nacional.

Cooperação internacional impulsiona a Amazônia

Durante 2023 e 2024, o Brasil intensificou o diálogo com a Bolívia para viabilizar o aumento da geração. O Ministério de Minas e Energia liderou a articulação técnica. A cooperação fortalece não apenas a segurança energética, mas também a integração regional na Amazônia.

Fonte: Governo Federal