Foto de Jair Bolsonaro à esquerda com expressão séria; ao fundo, estátua da Justiça desfocada. Texto sobreposto: “STF forma maioria para condenar Bolsonaro por tentativa de golpe”.
Julgamento histórico no Supremo Tribunal Federal forma maioria para condenar Bolsonaro e outros réus por tentativa de golpe.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para condenar Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados por tentativa de golpe de Estado. O voto decisivo foi da ministra Cármen Lúcia, tornando o resultado irreversível, mesmo com a manifestação de Cristiano Zanin ainda pendente. Este caso emblemático ilustra como o STF condena Bolsonaro e outros envolvidos.

Réus condenados incluem ex-ministros e militares

Além de Bolsonaro, o julgamento envolve nomes de destaque do governo anterior. O STF decidiu condenar:

  • Alexandre Ramagem, deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor da Abin;

  • Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha;

  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;

  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente em 2022.

Segundo os votos já registrados, esses nomes integraram articulações diretas para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. Por isso, a Corte entendeu que houve violação da ordem democrática. Nesse contexto, STF condena Bolsonaro e seus associados por suas ações antidemocráticas.

Divergência de Fux não altera maioria

Embora o ministro Luiz Fux tenha se posicionado pela absolvição de seis réus, o voto dele não impediu a consolidação da maioria. O placar parcial ficou em 3 a 1 pela condenação de Bolsonaro, Ramagem, Garnier, Torres, Heleno e Paulo Sérgio. Dessa forma, mesmo com a divergência, o julgamento avançou com solidez. Dessa forma, o STF condena Bolsonaro mantendo a coesão da decisão majoritária.

No caso de Cid e Braga Netto, os ministros demonstraram ainda mais alinhamento. Quatro deles votaram pela condenação por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Além disso, três também concordaram com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre crimes adicionais. Assim, fica claro como o STF condena Bolsonaro e suas alianças por seu papel nas articulações ilegais.

Moraes e Dino também votaram pela condenação

A ministra Cármen Lúcia acompanhou o voto técnico e detalhado de Alexandre de Moraes, relator do caso. Ele apresentou provas que apontam para uma organização criminosa articulada. Pouco depois, o ministro Flávio Dino reforçou esse entendimento e votou igualmente pela condenação dos oito acusados.

Frase de impacto

“Pessoas dão golpe e vão deixando rastros”, afirmou Cármen Lúcia, ao se referir às evidências que, segundo ela, deixaram claro o intento golpista.

Ministra Cármen Lúcia dá voto decisivo contra Bolsonaro

O julgamento no STF representa um marco institucional. A Corte reconheceu, com base em argumentos sólidos, que houve uma tentativa de golpe liderada por Bolsonaro e seus aliados. Assim, o episódio reforça o papel da Justiça na proteção da democracia e projeta repercussões jurídicas e políticas significativas nos próximos meses.

Fonte: CNN Brasil