Navio da Marinha aplica novas regras de navegação no rio Madeira durante a estiagem em Rondônia
Capitania de Porto Velho intensifica medidas de segurança no rio Madeira para garantir o tráfego fluvial durante a seca

Nível do rio exige medidas imediatas da Marinha

Com o nível do rio Madeira abaixo de 4 metros, a Marinha do Brasil intensificou sua atuação para preservar a navegação em segurança. A Capitania Fluvial de Porto Velho (CFPV) publicou a Portaria nº 58/2025, que estabelece novas regras de navegação no rio Madeira, especialmente durante a estiagem.

Embora o cenário de 2025 não seja tão crítico quanto o de 2024 — quando a régua marcou apenas 0,25 metro —, a situação atual ainda exige ações rápidas e coordenadas. As regras de navegação no rio Madeira tornaram-se ainda mais necessárias devido aos níveis críticos. Por isso, a Marinha adotou medidas com base em critérios técnicos e diálogo com o setor fluvial.

Navegação noturna volta a ser permitida com restrições

A navegação noturna, antes suspensa, voltou a ser autorizada. No entanto, a liberação depende do cumprimento de exigências como a presença de embarcações de sondagem e a vigilância constante nos trechos críticos.

De acordo com o Capitão de Fragata Alessandro Freitas dos Santos, comandante da CFPV, a decisão busca conciliar segurança e logística. A navegação continua seguindo as regras estabelecidas, garantindo segurança no rio Madeira. A rota fluvial entre Porto Velho e Manaus, por exemplo, é essencial para o transporte de cargas estratégicas, como grãos, fertilizantes e combustíveis.

Além disso, a flexibilização ocorre sem comprometer os princípios da segurança do tráfego aquaviário, já que as normas seguem respaldadas por sondagens e análises atualizadas.

Novas exigências garantem tráfego seguro no Madeira

A Portaria nº 58/2025 define as seguintes obrigações para todos os comboios fluviais:

  • Utilizar embarcações de sondagem nos trechos mais rasos;

  • Dividir comboios em passagens críticas, conforme avaliação do comandante;

  • Manter o comandante no passadiço durante a travessia de pontos de risco;

  • Observar uma folga mínima de 0,50 metro sob a quilha;

  • Redobrar a vigilância nos turnos da noite;

  • Priorizar a passagem de comboios carregados que descem o rio (jusante);

  • Suspender a navegação se o nível do rio ficar abaixo de 2 metros.

Essas medidas garantem segurança e fluidez mesmo em condições desfavoráveis.

Monitoramento contínuo e decisões técnicas

A Marinha monitora constantemente o nível do rio Madeira. As sondagens realizadas servem de base para possíveis ajustes nas regras. Além disso, a Capitania compartilha os dados com autoridades locais e operadores logísticos. Aplicar essas regras de navegação no rio Madeira é crucial para a segurança.

Com isso, a instituição busca evitar novos gargalos logísticos e proteger comunidades ribeirinhas que dependem da navegação. O processo de decisão ocorre com apoio técnico e diálogo com representantes da comunidade marítima.

Por fim, a atuação integrada reforça a importância estratégica da navegação na Amazônia Ocidental e mostra como a Marinha adapta suas ações às condições ambientais.

Fonte: Agência Marinha