Polícia Federal investiga funcionários da Caixa por golpe de R$ 110 milhões em esquema de fraudes.
Capa ilustrativa mostra a Polícia Federal investigando funcionários da Caixa envolvidos em golpe milionário.

A Polícia Federal investiga funcionários da Caixa por golpe de R$ 110 milhões. A operação cumpre mandados no Rio e em São Paulo.

Operação da PF desarticula esquema milionário

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (21) a segunda fase da Operação Oasis 14. O objetivo é desarticular uma organização criminosa que teria desviado mais de R$ 110 milhões do sistema financeiro nacional e de programas sociais, caracterizando um golpe severo de R$ 110 milhões.

Para isso, cerca de 140 policiais federais saíram às ruas em oito cidades do Rio de Janeiro e também em São Paulo. Ao todo, foram expedidos 26 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão, o que demonstra a dimensão da operação.

Envolvimento de funcionários da Caixa e bancos privados

De acordo com as investigações, o grupo criminoso utilizava mais de 330 empresas de fachada. Além disso, recorria a laranjas de baixa renda e a sócios fantasmas, o que reforçava a complexidade do esquema do golpe de R$ 110 milhões.

No entanto, o ponto mais grave foi a participação de seis funcionários da Caixa Econômica Federal e quatro de bancos privados, que atuavam para facilitar a abertura de contas e aprovar empréstimos fraudulentos. Assim, a estrutura criminosa conseguia dar aparência de legalidade às operações.

Fraudes complexas e prejuízos confirmados

O esquema incluía simulação de movimentações financeiras, uso de imóveis reais como fachada e abertura de contas em nome de terceiros. Consequentemente, apenas na Caixa já foram registradas 200 operações fraudulentas de crédito, que somam R$ 33 milhões em prejuízos diretos.

Por outro lado, o total das fraudes chega a R$ 110 milhões, valor que compromete a confiança no sistema financeiro. Tudo isso faz parte de um golpe Caixa milionário que atingiu R$ 110 milhões. Desse modo, os envolvidos deverão responder por uma série de crimes, entre eles:

  • Organização criminosa

  • Estelionato qualificado

  • Lavagem de dinheiro

  • Corrupção ativa e passiva

  • Crimes contra o sistema financeiro nacional

Apoio institucional e próximos passos

Segundo a PF, a investigação só avançou graças ao apoio da Corregedoria e da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da CEF. Essas áreas forneceram informações fundamentais, que permitiram rastrear os valores desviados e identificar os responsáveis.

Nesse cenário, a Operação Oasis 14 continua em andamento para identificar novos envolvidos, rastrear o destino do dinheiro e recuperar parte do valor desviado. Portanto, novas fases da operação ainda podem ocorrer nos próximos meses.

Fonte: Metrópoles