Ilustração científica mostra intestino humano em destaque com efeito luminoso, simbolizando o impacto do triptofano ao imitar ação do Ozempic.
Estudo científico revela que alimentos ricos em triptofano ativam hormônio natural regulador do apetite, semelhante ao efeito do Ozempic.

Estudo revela que alimentos ricos em triptofano podem estimular o intestino a imitar o efeito do Ozempic, regulando o apetite de forma natural.

Descoberta científica

Pesquisadores da Universidade Marshall, nos Estados Unidos, descobriram que o intestino humano pode reproduzir o efeito do Ozempic na regulação do apetite e no controle do peso. A pesquisa mostra que alimentos ricos em triptofano ativam a produção do hormônio GLP-1, o mesmo responsável pela ação do medicamento.

Além disso, os cientistas destacam que o GLP-1 regula tanto a fome quanto os níveis de açúcar no sangue. Nesse sentido, ao imitar o efeito do Ozempic, compreender como o corpo pode estimulá-lo naturalmente pode representar uma alternativa importante no combate à obesidade.

Como funciona o processo

Nos testes realizados em ratos e organoides intestinais, os cientistas observaram que o triptofano e seu metabólito, o indol, estimulam a formação de novas células EECs. Dessa forma, os níveis de GLP-1 aumentaram de maneira natural, imitando o efeito do Ozempic sem o uso de medicamentos.

Além disso, os pesquisadores identificaram o receptor de hidrocarboneto de arila (AhR) como peça-chave desse mecanismo. Ao ajudar o intestino a imitar a ação do Ozempic, abre-se a possibilidade de desenvolver futuras terapias direcionadas e mais seguras.

Alimentos que podem ajudar

Alimentos ricos em triptofano como ovos, frango, queijos e sementes que podem estimular o intestino a imitar o efeito do Ozempic.
Ovos, aves, queijos e sementes são fontes de triptofano capazes de ativar a produção natural do hormônio GLP-1, semelhante ao efeito do Ozempic.

Entre as principais fontes naturais de triptofano estão:

  • ovos

  • aves

  • queijo

  • sementes específicas

Além disso, os especialistas sugerem que suplementos e probióticos também poderiam, em tese, ativar essa via metabólica. Dessa forma, a alimentação passa a ter papel ainda mais estratégico na prevenção de doenças ligadas ao metabolismo e na tentativa de intestinos imitar efeitos parecidos com o Ozempic.

Limitações e próximos passos

Apesar dos resultados animadores, os testes foram feitos apenas em modelos animais e laboratoriais. No entanto, os cientistas reforçam que ainda não há comprovação em humanos.

Enquanto isso, novos estudos precisarão avaliar se o efeito se repete em diferentes perfis de pessoas, incluindo indivíduos obesos e saudáveis. Em resumo, será necessário entender melhor como a sinalização celular varia de acordo com o organismo.

Por outro lado, a descoberta já abre espaço para alternativas promissoras a medicamentos como o Ozempic, amplamente usado no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, mas que pode causar efeitos colaterais.

O estudo foi publicado no International Journal of Molecular Sciences.

O que esperar daqui para frente

A ciência avança para mostrar que o próprio corpo pode ativar mecanismos naturais de controle do apetite, a partir da interação entre microbiota, triptofano e intestino. Dessa forma, a pesquisa reforça o potencial de estratégias alimentares e terapias inovadoras como alternativa aos medicamentos tradicionais que o intestino imita a ação do Ozempic.

Fonte: Olhar Digital