Miguel Uribe, pré-candidato colombiano, em destaque ao lado de foto discursando, com título anunciando sua morte após atentado.
Miguel Uribe, senador e pré-candidato presidencial colombiano, morre aos 39 anos após atentado a tiros em Bogotá.

Uribe não resiste a ferimentos após dois meses internado

O senador colombiano Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, morreu nesta segunda-feira (11) em Bogotá. Ele passou mais de dois meses internado após sofrer um atentado a tiros em 7 de junho, durante um comício na capital. Além disso, a esposa, Claudia Tarazona, confirmou a notícia nas redes sociais, emocionando apoiadores e líderes políticos.

No comunicado, ela afirmou:

“Você sempre será o amor da minha vida. Obrigada por uma vida cheia de amor, obrigada por ser um pai para as meninas e para Alejandro. Nosso amor transcende este plano físico.”

Atentado mobiliza forças de segurança

Após o ataque, a polícia prendeu seis pessoas suspeitas de envolvimento no crime. Segundo as autoridades, o ataque foi pago e planejado, o que amplia as investigações sobre os mandantes.

Uribe despontava como um dos principais nomes da oposição de direita na Colômbia. Por esse motivo, mantinha proximidade com o ex-presidente Álvaro Uribe Vélez e se destacava como crítico do governo de Gustavo Petro. Assim, sua projeção para a disputa presidencial de 2026 ganhava força nos últimos meses.

Trajetória marcada por legado familiar e violência

Miguel Uribe era neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala (1978–1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e morta em 1991 durante ação contra o Cartel de Medellín, de Pablo Escobar.

Ao longo de sua trajetória, acumulou experiências relevantes:

  • Vereador de Bogotá (2012–2015)

  • Secretário de Governo da capital (2016–2019)

  • Candidato à prefeitura em 2019 (4º lugar)

  • Senador pelo Centro Democrático desde 2022

Em outubro de 2024, anunciou a pré-candidatura presidencial no local onde a mãe foi assassinada. Na ocasião, declarou que optou por perdoar, mas nunca esquecer.

Impacto e repercussão política

A morte de Uribe muda o equilíbrio das forças políticas na Colômbia. Dessa forma, abre espaço para novas articulações na direita e fortalece o discurso de segurança pública. O Centro Democrático, por enquanto, ainda não definiu quem assumirá a vaga de pré-candidato presidencial.

Além disso, o caso reacende o debate sobre a violência contra líderes políticos no país, que acumula um histórico de atentados e assassinatos de figuras públicas.

Fonte: CNN Brasil