Homem com aparência similar a Jair Bolsonaro olha para o celular, com um pen drive em destaque sobre a mesa e luzes da polícia refletidas na janela
Polícia Federal considera irrelevante o conteúdo de pen drive apreendido na casa de Bolsonaro e foca investigação no celular

PF conclui que pen drive de Bolsonaro tem poucos dados relevantes. Investigação agora se concentra no conteúdo do celular apreendido.

Dispositivo escondido no banheiro do ex-presidente tem pouca relevância para a PF

A Polícia Federal concluiu que o pen drive apreendido na casa de Jair Bolsonaro (PL) possui pouco conteúdo útil para a investigação. O item foi encontrado no banheiro da residência do ex-presidente e passou por perícia no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília, na sexta-feira (18).

Apesar da perícia longa, dispositivo não traz informações relevantes

Durante cinco horas de análise, os peritos conseguiram extrair os dados. No entanto, o volume e a qualidade do material encontrado foram considerados insuficientes. Por isso, a expectativa de que o pen drive ajudasse a avançar no caso se reduziu drasticamente.

Ainda assim, a equipe de investigação seguiu os protocolos legais, registrando a cadeia de custódia e entregando o laudo nesta segunda-feira (21). A partir desse momento, o foco das apurações passou a ser outro.

Investigação se volta ao celular de Bolsonaro

Diante do resultado da perícia, os investigadores decidiram direcionar os esforços para o celular do ex-presidente, também recolhido na operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo fontes próximas ao caso, o aparelho pode conter mensagens, imagens e registros que ajudem a elucidar os fatos.

Além disso, Moraes autorizou o acesso completo ao dispositivo, justificando que Bolsonaro teria atuado “de forma dolosa e consciente, com o filho Eduardo Bolsonaro, para tentar submeter o STF ao controle de outro Estado estrangeiro”.

Medidas cautelares impõem restrições a Bolsonaro

Como parte das decisões do Supremo, Bolsonaro está sob monitoramento eletrônico. Ele não pode usar redes sociais, conversar com embaixadores ou se comunicar com outros investigados. Ademais, precisa cumprir recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana.

Essas medidas fazem parte do processo que corre sob sigilo, mas que vem sendo acompanhado de perto pela imprensa e pela classe política.

Ex-presidente nega crime e fala em perseguição

Apesar das evidências e dos procedimentos legais, Jair Bolsonaro afirma que está sendo “perseguido politicamente”. Em sua avaliação, as medidas contra ele são injustas e desproporcionais.

Questionado sobre o pen drive encontrado no banheiro, disse: “Pen drive? Não sei!”. Ele também confirmou que mantinha US$ 14 mil em espécie em casa. Segundo ele, guardar dólares é um hábito antigo e considerado normal.

Fonte: CNN Brasil