
As exportações brasileiras de pescado para os Estados Unidos foram suspensas após o governo de Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos do Brasil. A decisão atinge em cheio a piscicultura, setor que mais crescia no agronegócio. Milhares de toneladas de peixes estão paradas em portos brasileiros.
🚢 Escalada da crise
A nova tarifa entra em vigor em 1º de agosto. Porém, importadores norte-americanos já suspenderam pedidos e embarques. Por isso, a reação foi quase instantânea e afeta as exportações de pescado do Brasil.

Os Estados Unidos compram entre 70% e 90% do pescado brasileiro exportado. Tilápia e tambaqui lideram essa lista. Só nas primeiras semanas, 1.500 toneladas ficaram retidas. Isso significa uma perda de mais de R$ 240 milhões.
Efeitos na cadeia produtiva
Com a tarifa, cerca de 58 contêineres com pescado não saíram do país, impactando diretamente as exportações de pescado do Brasil. Os portos de Salvador, Pecém e Suape concentram grande parte dessas cargas.
As associações do setor alertam: pequenos piscicultores são os mais prejudicados. Sem vender, eles não conseguem pagar ração, energia e salários. Portanto, o impacto é imediato.
A tilápia representa até 97% das exportações de filé para os EUA. O setor movimenta milhões de dólares por ano. Agora, mais de 90% desse mercado pode desaparecer se nada for feito.
Reação do setor produtivo
Já que o setor de exportações de pescado do Brasil enfrenta problemas, produtores cobram do governo federal uma solução rápida. Querem que a tarifa seja adiada por 90 dias, no mínimo. Assim, evitariam perdas maiores.
As lideranças pedem cuidado. Para elas, retaliações duras podem piorar a situação. Por isso, defendem diálogo para reverter o bloqueio.
Empresas já buscam alternativas. Querem vender para a Europa, Japão, Emirados Árabes e América do Sul. Mas, até agora, os novos contratos são pequenos e avançam devagar.
Cenário preocupante
A interrupção das exportações freia um setor que crescia mais de 10% ao ano. A piscicultura gera mais de 1 milhão de empregos em todo o país. No entanto, sem mercado, o prejuízo pode ser bilionário. Além disso, compromete a renda de milhares de famílias envolvidas nas exportações de pescado.
Enquanto isso, produtores esperam uma resposta rápida de Brasília. É preciso negociar com os Estados Unidos e abrir mercados alternativos. Só assim o colapso poderá ser evitado.
Perspectivas
As tarifas de Trump escancaram a dependência do Brasil de um único comprador. Hoje, contêineres lotados, contratos congelados e criadores endividados são realidade. O setor de exportações de pescado do Brasil pede ação urgente. Se nada mudar, a piscicultura, antes orgulho do agronegócio, pode se tornar um novo problema social e econômico.
Fonte: Band News