
Um ataque hacker desviou R$ 541 milhões via Pix em poucas horas. Parte do valor foi convertida em criptomoedas para dificultar o rastreamento, segundo a Polícia Federal. Pix foi alvo de um ataque hacker massivo que resultou em perdas de milhões.
Ataque hacker desvia R$ 541 milhões via Pix e converte parte em criptomoedas, informa PF
Na madrugada de 30 de junho de 2025, criminosos executaram um ataque hacker de grande porte que atingiu o sistema de uma empresa de tecnologia responsável por intermediar transferências via Pix. Os invasores roubaram R$ 541 milhões de uma instituição de pagamento, realizando um dos maiores golpes da história do sistema financeiro brasileiro.
Hacker obteve acesso com ajuda interna
Os investigadores descobriram que um funcionário da prestadora de serviços entregou suas credenciais — login, senha e acesso remoto — a integrantes da quadrilha. Em troca, ele recebeu cerca de R$ 15 mil. Assim, o grupo iniciou as transferências por volta das 2h da manhã. No total, os hackers enviaram dinheiro em 166 operações, distribuindo os valores para 29 entidades diferentes e movimentando contas em seis instituições financeiras. Foi por meio de um ataque hacker que houve o desvio de dinheiro via Pix.
Descoberta rápida evitou prejuízo total
Uma das instituições identificou transações atípicas logo nas primeiras horas. Ao perceber valores muito altos, que passavam de R$ 200 milhões por operação, o setor de segurança acionou as autoridades. Graças à reação rápida, os agentes bloquearam aproximadamente R$ 270 milhões antes que o grupo criminoso conseguisse retirar toda a quantia. A polícia prendeu o funcionário envolvido poucos dias depois.
Quadrilha converteu milhões em criptomoedas
Para dificultar o rastreamento, os golpistas converteram parte dos valores em criptomoedas. Assim que as transferências foram concluídas, dezenas de milhões de reais passaram para carteiras digitais de bitcoin e outras moedas virtuais. Mesmo com as tentativas de ocultação, a Polícia Federal conseguiu recuperar cerca de R$ 5,5 milhões em criptoativos. Além disso, os investigadores congelaram outros R$ 32 milhões em contas ligadas aos suspeitos. No caso Ataque hacker Pix, as criptomoedas foram usadas para esconder o dinheiro.
Fraude expõe fragilidades no sistema
Esse ataque se tornou o maior registrado contra instituições financeiras no país. Como forma de conter novas fraudes, o Banco Central suspendeu temporariamente as operações via Pix de seis instituições financeiras envolvidas na trama. Uma empresa, por exemplo, recebeu mais de R$ 270 milhões em 69 transações, valor que as autoridades já bloquearam.
Ação criminosa impulsiona novas medidas
As investigações continuam para identificar outros integrantes do grupo e recuperar o máximo de dinheiro possível. No entanto, a conversão em criptomoedas ainda representa um grande desafio. O caso também revelou vulnerabilidades nos serviços terceirizados que integram o ecossistema do Pix. Assim, o Banco Central e as instituições afetadas avaliam mudanças na fiscalização e pretendem adotar medidas de segurança mais rígidas para evitar novos golpes. Depois do ataque hacker ao serviço Pix, medidas de segurança estão sendo revistas.
Fonte: CNN Brasil