O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Brasil será alvo de novas tarifas comerciais. Conforme discutido nas políticas de Trump para 2025, essas tarifas podem impactar aço, cobre e medicamentos.
Trump coloca o Brasil na linha de fogo da guerra comercial
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que pretende aplicar novas tarifas contra o Brasil. “O Brasil não tem sido bom para nós”, declarou, ao criticar o comércio entre os dois países. A divulgação oficial das medidas está prevista para o final do dia ou para esta quinta-feira (10).
Trump falou com jornalistas durante um encontro com líderes da África Ocidental na Casa Branca. Ele aproveitou a ocasião para reforçar sua política de tarifas comerciais, que também atinge outras nações.
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Brics na mira: Brasil é citado entre países que prejudicam os EUA
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Na avaliação de Trump, países alinhados ao Brics dificultam a entrada de produtos americanos em seus mercados. Como resposta, o presidente tem adotado o que chama de “tarifas recíprocas” para reequilibrar a balança comercial.
Além disso, ele citou o déficit comercial como uma preocupação central. Para Trump, a atual configuração beneficia outras economias em detrimento da americana. Por isso, ele aplicou tarifas de até 30% a países como Argélia, Filipinas e Líbia.
Produtos estratégicos devem ser os primeiros atingidos
Embora Trump ainda não tenha especificado quais bens brasileiros sofrerão sanções, os sinais indicam um padrão já conhecido. Em medidas anteriores, ele aumentou tarifas sobre aço, alumínio, automóveis e autopeças.
Além disso, os Estados Unidos anunciaram nesta semana a taxação de 50% sobre o cobre importado. O presidente também revelou planos de tarifar produtos farmacêuticos em até 200%, exigindo que as empresas levem a produção para dentro do país.
Negociações patinam e geram incerteza internacional
Apesar de ter prometido mais de 200 acordos comerciais desde abril, Trump só firmou dois até agora: com o Reino Unido e o Vietnã. Outros países demonstram ceticismo diante do modelo de negociação proposto.
A África do Sul, alvo recente de uma tarifa de 30%, criticou a decisão. Mesmo assim, manteve o canal diplomático aberto. “Não somos antiamericanos”, afirmou Kaamil Alli, porta-voz do Ministério do Comércio, à agência Reuters.
Exportadores brasileiros devem sentir os primeiros impactos

A inclusão do Brasil na lista pode afetar diretamente setores como agronegócio, siderurgia e indústria de base. O país figura entre os principais fornecedores de matérias-primas e alimentos para o mercado americano.
Além do prejuízo financeiro, o movimento pode gerar desgastes diplomáticos. A aproximação do Brasil com os países do Brics tem incomodado a Casa Branca, que vê o grupo como um bloco que limita a influência econômica dos EUA.
Fonte: CNN Brasil