Inflação recua em junho, com queda no IPCA-15 e nos alimentos, reforçando otimismo com política monetária e possível corte nos juros.
Panorama da inflação em junho

O IPCA-15, prévia da inflação oficial, ficou em 0,26% em junho, mostrando a quarta desaceleração consecutiva. Este é o menor resultado para o mês desde 2023.
Embora o índice ainda reflita pressões pontuais, como o reajuste da conta de luz (+3,29%), os dados demonstram uma tendência clara de contenção dos preços. Além disso, o número ficou abaixo da projeção de mercado, que esperava 0,30%.
Alívio no preço dos alimentos
O grupo de alimentos e bebidas apresentou a primeira queda desde agosto de 2024. Essa reversão ocorre após vários meses de aumentos consecutivos, principalmente em itens da cesta básica.
Esse recuo oferece alívio direto ao orçamento das famílias brasileiras, especialmente as de menor renda, que sentem de forma mais intensa o impacto da inflação sobre alimentos, pois a inflação recua em junho.
Impacto no mercado e juros
A desaceleração da inflação reforça a expectativa de que o Banco Central possa adotar uma postura menos restritiva na política monetária. Isso abre caminho para uma possível queda gradual da taxa Selic nas próximas reuniões do Copom.
O movimento é bem visto por agentes econômicos, pois estimula o crédito, favorece o consumo e ajuda na recuperação do crescimento econômico no segundo semestre de 2025, especialmente agora que a inflação recua em junho.
Desafios ainda persistem
Mesmo com o cenário positivo, alguns pontos de atenção seguem no radar:
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Possibilidade de novos aumentos nas tarifas públicas.
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Incertezas climáticas que podem pressionar o custo da energia elétrica.
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Oscilações no câmbio que influenciam os preços de produtos importados.
Esses fatores podem afetar a trajetória de desaceleração caso não sejam controlados.
Tendência e confiança no segundo semestre
O recuo do IPCA-15 indica uma tendência positiva para o controle da inflação no Brasil, ainda que o índice acumulado em 12 meses siga acima da meta. O resultado de junho fortalece a confiança do mercado, dos consumidores e do governo de que a inflação está convergindo para o centro da meta fiscal.
Com isso, a expectativa é de que os juros comecem a cair de forma mais consistente, dando fôlego à economia e ao consumo interno no segundo semestre.