Café lidera alta anual, apesar de queda recente
A variação de preços de café, soja e milho em junho mostra que o café teve o maior desempenho no acumulado do ano. Embora o contrato julho/25 da bolsa de Nova York (NYBOT) tenha fechado o dia 24 de junho com recuo de 3,36%, cotado a US$ 3,192/lb, o preço ainda está 38% acima do registrado há um ano. No entanto, é importante notar que esta variação tem efeitos sobre o agronegócio e que o preço de grãos varia em junho com impacto no agronegócio.

No mercado brasileiro, o café arábica foi negociado a R$ 1.976,30 por saca de 60 kg, com recuo de 15,4% no mês. Em contrapartida, o robusta subiu 1,61% no mesmo período, atingindo R$ 1.186,21. De acordo com o Cepea, a colheita da safra atual já ultrapassou 49% do total, o que ajuda a conter parte da alta. Assim, o impacto no preço dos grãos em junho foi evidente.
Soja registra leve retração com colheita estável
Enquanto o café exibe volatilidade, a soja segue com leve retração. No Paraná, segundo o Cepea, a cotação fechou em R$ 129,83, representando uma queda diária de 0,49%. Já em Paranaguá, os preços oscilaram entre R$ 130 e R$ 135, com pequenas altas de até 0,3%. Esta variação impacta diretamente o agronegócio, especialmente em junho, altura em que o preço de grãos varia com impacto no agronegócio.

Nos Estados Unidos, o contrato julho/25 foi negociado a US$ 1.046,78/bushel, o que representa queda de 1,13% no dia e 10% no acumulado do ano. Como a colheita brasileira se encontra praticamente concluída, a estabilidade nos rendimentos tende a frear variações mais acentuadas nos próximos dias.
Milho sofre pressão da oferta global e tem preços mais baixos
Entre as três commodities, o milho foi o mais pressionado. No mercado físico de São Paulo, a saca de 60 kg alcançou R$ 68,43, subindo 0,47% no dia. Na B3, o contrato para julho manteve-se estável, sendo cotado a R$ 64,64. Os preços dos grãos, incluindo o milho, variaram em junho com grande influência no agronegócio. Essa variação no preço de grãos gera impacto significativo no agronegócio.

Já na Bolsa de Chicago, o contrato julho/25 recuou 2,2%, sendo negociado a US$ 4,1925/bushel. Essa queda reflete o impacto da safra recorde brasileira, combinada com estoques globais elevados. Com isso, os preços tendem a permanecer sob pressão no curto prazo.
Tendência do mercado agrícola em 2025
Portanto, a variação de preços de café, soja e milho em 2025 reflete a sensibilidade do agronegócio a fatores externos como clima, logística e dinâmica de exportações. O café ainda é impulsionado pelo consumo crescente na Ásia, enquanto a soja e o milho sofrem efeitos da alta oferta global. O preço de grãos pode variar ainda mais e causar maior impacto no agronegócio.
Segundo especialistas do Canal Rural e do Agrolink, o comportamento climático nos meses seguintes, especialmente entre julho e agosto, será decisivo para as negociações e contratos futuros no setor agrícola.