Vitamina D e o envelhecimento: uma descoberta promissora

Tomar um suplemento diário de vitamina D pode retardar o envelhecimento. É o que indica um estudo internacional publicado recentemente, liderado pelo Mass General Brigham, dos Estados Unidos. A pesquisa revelou que a vitamina D3 ajuda a proteger estruturas do DNA associadas ao envelhecimento e a reduzir o risco de doenças relacionadas à idade.

Estudo VITAL acompanhou mais de mil pessoas

A descoberta integra o estudo clínico VITAL, que acompanhou durante cinco anos mais de mil pessoas com mais de 50 anos. Os resultados mostraram que quem consumiu regularmente 2.000 UI de vitamina D3 por dia apresentou até três anos a menos de envelhecimento biológico do que quem recebeu placebo.

Segundo JoAnn Manson, médica e pesquisadora-chefe do VITAL, os benefícios da vitamina D também envolvem a redução da inflamação e de doenças crônicas como câncer avançado e doenças autoimunes.

Telômeros: o elo entre envelhecimento e vitamina D

O estudo se concentrou nos telômeros, estruturas que protegem as extremidades dos cromossomos, comparáveis às pontas plásticas dos cadarços. O encurtamento dos telômeros está associado ao avanço da idade e ao aparecimento de diversas doenças.

Durante o estudo, os participantes tiveram o comprimento dos telômeros analisado no início, no segundo e no quarto ano. O grupo que tomou vitamina D3 apresentou um encurtamento muito menor, indicando preservação celular e potencial de envelhecimento saudável.

Ainda é cedo para indicações clínicas

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores alertam: não se deve iniciar suplementação sem orientação médica. Ainda são necessários novos estudos para confirmar a eficácia da vitamina D como tratamento antienvelhecimento.

“O uso direcionado da vitamina D pode ser uma estratégia contra o envelhecimento biológico, mas são necessárias mais evidências”, afirmou Haidong Zhu, primeiro autor da publicação.