A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou a Polícia Federal para investigar uma denúncia de racismo contra a ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Vera Lúcia Santana Araújo. O episódio ocorreu na última sexta-feira (16), na sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em Brasília.
Segundo Vera Lúcia, um vigilante a barrou na entrada do evento, mesmo após ela apresentar sua credencial de palestrante e a carteira funcional do TSE. Além disso, a ministra relatou ter sido tratada de forma desrespeitosa pelo agente.
O evento fazia parte do seminário “Gestão Pública – Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação”. A Comissão de Ética Pública (CEP), em parceria com a AGU, organizou o encontro.
A AGU informou que funcionários terceirizados, contratados pelo condomínio, controlavam o acesso ao prédio. Portanto, o órgão prometeu adotar providências para identificar e responsabilizar os envolvidos.
Por outro lado, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República divulgou, nesta quarta-feira (21), uma nota oficial em solidariedade à ministra. O presidente do colegiado, Manoel Caetano Ferreira Filho, assinou o texto e lamentou o constrangimento enfrentado por Vera Lúcia.
A comissão também explicou que o incidente aconteceu fora da área oficial do seminário e não envolveu servidores públicos.