🏛️ MEC proíbe EAD em Direito, Medicina e outros cursos: entenda as novas regras
O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta segunda-feira (19) a aguardada Nova Política de Educação à Distância, estabelecendo regras mais rígidas para o EAD em instituições de ensino superior. O decreto veta cinco cursos no formato remoto e impõe uma série de requisitos para os demais.
Embora a íntegra ainda não estivesse disponível no Diário Oficial da União até o fechamento desta matéria, os principais pontos já foram divulgados pelo MEC.
📚 Quais cursos não poderão mais ser EAD?
A nova política proíbe o ensino à distância para os seguintes cursos:
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Direito
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Medicina
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Odontologia
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Enfermagem
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Psicologia
Essas graduações só poderão ser oferecidas presencialmente. Já as demais áreas da saúde e licenciaturas poderão ter formato semipresencial, respeitando exigências específicas.
🕐 Nenhum curso poderá ser 100% on-line
De acordo com as novas diretrizes do MEC:
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Todos os cursos deverão ter ao menos 20% da carga horária presencial.
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Atividades síncronas (aulas on-line ao vivo) passam a ser obrigatórias.
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Provas e avaliações precisarão ser feitas presencialmente.
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Surgirá uma nova modalidade formal: o semipresencial, que combina aulas on-line com práticas, estágios e extensões presenciais.
🏫 Regras para polos EAD e estrutura mínima exigida
Os polos de apoio presencial precisarão atender a critérios técnicos rigorosos. Devem oferecer:
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Internet estável
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Laboratórios (quando necessários)
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Salas de estudo e coordenação
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Exclusividade de uso por uma única instituição
👩🏫 Diferença entre tutores e mediadores pedagógicos
O MEC também separa as funções:
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Mediadores pedagógicos: devem ter formação na área, vínculo institucional e registro no Censo da Educação Superior.
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Tutores: ficarão restritos a funções administrativas, sem atuação direta no ensino.
📝 Avaliações presenciais serão obrigatórias
Cada disciplina à distância deverá conter pelo menos uma avaliação presencial, que será a de maior peso na nota final. O foco será em análise, síntese e prática.
📆 As mudanças valem a partir de quando?
As instituições terão até dois anos para se adaptar. Estudantes já matriculados poderão concluir os cursos no formato original contratado, mesmo que estes sejam descontinuados no futuro.
📈 Crescimento do EAD e os desafios regulatórios
Em 2022, pela primeira vez, o número de matrículas em EAD (52%) superou os cursos presenciais, segundo dados do Enade. No entanto, a falta de regulação fez surgir graduações com baixa qualidade, impactando negativamente o desempenho dos alunos em áreas sensíveis como saúde e direito.
A nova política visa conter esse avanço desordenado e garantir qualidade e padronização na oferta de cursos à distância.