Afastamento de Ednaldo Rodrigues é contestado pela CBF no STF
Afastamento de Ednaldo Rodrigues é contestado pela CBF no STF

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter o afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues. A petição foi encaminhada ao ministro Gilmar Mendes, responsável por decisões anteriores que mantiveram Rodrigues no cargo.

Nesta quinta-feira (16), o desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), determinou o afastamento do dirigente. Além disso, indicou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF e autor do pedido, como interventor provisório da entidade.

A decisão se baseou na suspeita de falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes. Segundo o magistrado, a assinatura estaria no acordo homologado pelo STF, que encerrava a disputa judicial pela presidência da CBF.

“Declaro nulo o acordo firmado entre as partes, homologado outrora pela Corte Superior, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, Antônio Carlos Nunes de Lima”, afirmou o desembargador.

Na semana anterior, Gilmar Mendes manteve Ednaldo Rodrigues no cargo, mesmo diante do pedido de Fernando Sarney. Contudo, o ministro determinou que a Justiça do Rio investigasse a veracidade da assinatura no documento.

🔎 Entenda o acordo

Em fevereiro deste ano, Gilmar Mendes homologou um acordo entre a CBF, cinco dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF). O objetivo era encerrar a disputa judicial em torno da eleição de Ednaldo Rodrigues. O acordo decorreu de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público em 2022, que levou à realização de nova eleição vencida por Rodrigues.

No entanto, em dezembro de 2023, o TJ-RJ considerou o TAC ilegal. A 21ª Câmara de Direito Privado extinguiu a ação civil pública contra as eleições de 2017, mas decidiu retirar Ednaldo do cargo, atendendo a um pedido de ex-vice-presidentes da entidade.

Após essa decisão, Gilmar Mendes concedeu uma liminar para manter Ednaldo na presidência até o julgamento final do caso. Agora, com novas suspeitas, o STF volta ao centro da disputa pelo comando da CBF.