Militares reforçarão fronteira do Brasil com Argentina e Bolívia
Militares reforçarão fronteira do Brasil com Argentina e Bolívia

Operação Roca reforça segurança nas fronteiras da Argentina

O governo argentino confirmou que, a partir da próxima semana, enviará tropas militares para as regiões de fronteira com o Brasil, a Bolívia e o Paraguai. Com isso, o presidente Javier Milei pretende intensificar o combate ao crime e proteger o território nacional.

Militares atuarão em áreas estratégicas e de difícil acesso

De acordo com o Ministério da Defesa, os soldados irão se concentrar em zonas rurais e desabitadas no norte e nordeste da Argentina. Embora não estejam próximos às passagens oficiais, essas áreas costumam ser utilizadas por criminosos para o tráfico e o contrabando. Por esse motivo, o governo decidiu intensificar a presença militar nesses pontos.

Tecnologia e infraestrutura fortalecem a operação

Para garantir a eficácia das ações, o Exército empregará equipamentos modernos, como drones, radares móveis, helicópteros e uma aeronave de vigilância Diamond. Além disso, os militares contarão com sistemas avançados de comunicação, o que facilitará a coleta de dados e a coordenação das patrulhas.

Tropas terão autoridade para prender criminosos

O ministro da Defesa, Luis Petri, explicou que os soldados estão aptos a agir diretamente contra qualquer ameaça. Segundo ele, os militares poderão prender traficantes, delinquentes e até mesmo indivíduos suspeitos de terrorismo.

“Eles têm o treinamento e os recursos necessários para atuar de forma firme. Caso sejam atacados, terão respaldo legal para reagir com prontidão”, afirmou Petri.

Fronteira com o Brasil será foco da ação

Ainda no início do ano, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, declarou que o governo construiria uma cerca de 200 metros na divisa com a Bolívia. Entretanto, ela também destacou a necessidade de ampliar a vigilância na região de Misiones, que faz fronteira com os estados de Santa Catarina e Paraná.

Na ocasião, Bullrich mencionou a cidade de Bernardo de Irigoyen, que faz divisa com Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR). Conforme apontou a ministra, em muitos trechos é possível atravessar a fronteira a pé, o que facilita a atuação de grupos criminosos. Ela também citou ocorrências de homicídios praticados por pistoleiros na área.

Itamaraty acompanha com cautela, mas vê ação como interna

Segundo fontes do Itamaraty, o envio de militares se trata de uma decisão interna da Argentina. Por esse motivo, o governo brasileiro não exigiu notificação formal. Apesar disso, as autoridades brasileiras reforçaram que existe plena cooperação bilateral em temas de segurança e fronteira.