Os efeitos dos pets no comportamento e no desenvolvimento infantil
Os efeitos dos pets no comportamento e no desenvolvimento infantil

Ter um gato ou cachorro em casa pode ir muito além da companhia e do afeto. Segundo especialistas em psicologia e veterinária, a convivência com animais de estimação promove benefícios físicos, emocionais e comportamentais no desenvolvimento infantil. Desde o fortalecimento do sistema imunológico até a redução de quadros de ansiedade e depressão, os efeitos positivos são diversos e comprovados.

Benefícios psicológicos dos pets no desenvolvimento infantil

De acordo com o psicólogo Rommani Souza, crescer ao lado de um animal de estimação pode suprir importantes necessidades emocionais, como dar e receber afeto, o que contribui para uma infância mais equilibrada e saudável.

“Pessoas que convivem com animais têm menores chances de desenvolver quadros de depressão”, destaca o especialista.

Além disso, a interação com pets durante a infância pode estimular:

  • Sensação de bem-estar emocional

  • Desenvolvimento de empatia

  • Estabelecimento de vínculos afetivos

  • Construção de responsabilidades, como alimentar o animal ou levá-lo para passear

Rommani também enfatiza o papel protetor de algumas raças, como labrador e golden retriever, que costumam ser dóceis e afetuosas com crianças.

“Esses animais oferecem uma sensação de segurança e ajudam a criança a desenvolver cuidado com o outro”, explica o psicólogo.

Contudo, ele alerta que o convívio exige orientação dos pais. É importante ensinar as crianças a não incomodar os pets em momentos como a alimentação ou o descanso, garantindo o bem-estar de todos.

Aspectos físicos e imunológicos: o olhar do veterinário

Do ponto de vista da saúde física, o veterinário Thiago Borba aponta que o contato frequente com cães ou gatos pode fortalecer o sistema imunológico infantil.

“A exposição moderada a microrganismos presentes nos passeios e no ambiente do pet ajuda a criança a desenvolver resistência a agentes patogênicos”, afirma.

Além disso, os cuidados diários com o animal — como brincar, correr e alimentar — estimulam a coordenação motora, incentivam a prática de atividades físicas e promovem maior autonomia para os pequenos.

Outro ponto levantado por Borba é que o animal se torna um verdadeiro companheiro e protetor, criando um ambiente mais acolhedor e seguro dentro de casa.

Cuidados importantes ao escolher um pet para a criança

Ambos os especialistas reforçam que a escolha do pet deve ser feita com cautela. É essencial considerar:

  • A personalidade da criança

  • As características da raça (energia, temperamento, tamanho)

  • O estilo de vida da família

  • As condições de saúde do animal

Borba recomenda que o contato entre criança e animal seja feito de forma gradual, respeitando o tempo de adaptação de ambos.

“Cada pet e cada criança têm necessidades diferentes. O ideal é que a introdução seja feita com paciência e acompanhamento dos pais”, orienta.