Reentrada do Foguete Electron Foi Vista em Diversos Municípios de Roraima
Na noite desta quinta-feira (20), moradores de diversas cidades de Roraima testemunharam a reentrada atmosférica de um foguete lançado há quase duas semanas na Nova Zelândia. O fenômeno foi registrado em municípios como Caroebe, Alto Alegre, Bonfim, Normandia, Rorainópolis, São João da Baliza e Boa Vista, a capital do estado.
Assista ao vídeo da reentrada do foguete aqui
Fragmentos do Foguete Podem Ter Caído na Amazônia
Segundo Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), os objetos luminosos avistados no céu foram gerados por fragmentos de um foguete Electron, lançado em 8 de fevereiro pela Rocket Lab, empresa privada da Nova Zelândia. O centro de lançamento da empresa está localizado na Península de Māhia, na costa leste do país.
O especialista explica que a missão transportava cinco satélites para serviços de Internet das Coisas (IoT). “O que atravessou os céus de Roraima foi o segundo estágio do foguete, um componente com 2,4 metros de comprimento por 1,2 metro de diâmetro. A reentrada é segura, pois grande parte do material se vaporiza ao entrar na atmosfera. No entanto, algumas partes mais resistentes, como o motor, podem ter sobrevivido e caído na Amazônia”, detalhou Zurita.
Contexto da Missão e da Rocket Lab
De acordo com o site Space News, este lançamento foi o quarto dos cinco planejados pela Rocket Lab para a Kinéis, empresa francesa que está desenvolvendo uma constelação de satélites para serviços de IoT. Os lançamentos anteriores ocorreram em junho, setembro e novembro de 2024, todos parte de um contrato firmado em 2021.
Essa foi a primeira missão de 2025 da Rocket Lab, que lançou 16 foguetes Electron no ano anterior. Embora a empresa não tenha estabelecido uma meta específica para este ano, seu objetivo é superar essa marca e expandir suas operações.
Impacto e Segurança da Reentrada
Eventos como esse reforçam a crescente presença de empresas privadas na corrida espacial e os desafios da sustentabilidade orbital. Especialistas monitoram a reentrada de objetos espaciais para garantir a segurança terrestre e entender melhor os efeitos da atividade espacial no meio ambiente.
A população local que testemunhou o fenômeno pode continuar acompanhando os desdobramentos do caso por meio de órgãos especializados em astronomia e rastreamento de objetos espaciais.
