Câmara aprova projeto do governo que reajusta salários de servidores federais e cria novas carreiras

Proposta aumenta salário de PF, PRF, Polícia Penal e estabelece profissão de especialista e de técnico em indigenismo. Texto vai ao Senado.

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21) um projeto que reajusta os salários de carreiras de servidores federais e reestrutura o quadro de funcionários da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O texto vai ao Senado.

O projeto aumenta os vencimentos das carreiras da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Penal Federal. O aumento será concretizado em três reajustes: agosto de 2024, maio de 2025 e maio de 2026.

Delegados da PF e peritos criminais federais da categoria especial, por exemplo, sairão dos R$ 33.721 para R$ 41.350 em maio de 2026. Agentes e escrivães da PF de 1ª classe terão aumento de R$ 16.641 para R$ 19.617 em 2026.

O topo da carreira da PRF vai pagar R$ 23 mil em 2026 frente os R$ 18 mil pagos atualmente.

O governo calcula que, só para 2024, o aumento de despesa será de R$ 316,8 milhões. (leia mais abaixo).

O projeto prevê também a reestruturação da carreira de Desenvolvimento de Políticas Sociais e a criação da Carreira de Tecnologia da Informação

“O conjunto de medidas proposto visa ao aprimoramento da gestão das carreiras e cargos dos órgãos e entidades envolvidos, inclusive das estruturas remuneratórias, para tornar as carreiras e cargos mais atrativos, de forma a atrair e reter profissionais de alto nível de qualificação, bem como ao aprimoramento da gestão de órgãos e entidades”, justificou o governo, autor da proposta, ao enviar o texto ao Congresso.

Funai

O projeto, de autoria do governo federal, prevê a criação da carreira de especialista em indigenismo e técnico em indigenismo. O especialista terá salário-base que varia de R$ 6.403,90 a 9.229,39. Já o técnico vai receber de R$ 5.128,03 a R$ 5,838,30.

Os servidores também receberão a Gratificação de Apoio à Execução da Política Indigenista (GAPIN)

As novas carreiras serão supridas por servidores das carreiras de indigenista especializado, de nível superior, e de agente em indigenismo, de nível médio, já existentes.

Segundo o governo, o projeto “reflete o compromisso do governo em fortalecer a política indigenista”.

Defesa Civil

O texto cria ainda uma gratificação para servidores da Defesa Civil que atuem em atividades consideradas “críticas finalísticas”.

Um regulamento definirá quais servidores terão direito ao benefício, chamado de Gratificação Temporária de Proteção e Defesa Civil (GPDEC).

O texto também equipara as carreiras da Agência Nacional de Mineração com as demais agências reguladoras.

Impacto

Segundo cálculos do governo, o impacto orçamentário das medidas será de:

  • de R$ 38.799.371, em 2024, de R$ 57.368.713, em 2025 e de R$ 75.938.057, em 2026, para a criação das novas carreiras Indigenistas e reestruturação de outros cargos na Funai;
  • de R$ 33.629.302, de R$ 56.751.175, e de R$ 79.489.379, para reestruturação das Carreiras e do Plano de Cargos da ANM;
  • de R$ 96.867.072, de R$ 453.234.356, e de R$ 1.240.059.484, para o aumento da Policial Federal;
  • de R$ 67.083.269, de R$ 318.086.498, e de R$ 937.874.143, para o aumento da Policial Rodoviário Federal;
  • de R$ 12.986.134, de R$ 45.367.647, e de R$ 70.208.465, para criação da Carreira de Policial Penal Federal;
  • de R$ 5.986.397, por ano, para criação da GPDEC.