Rebelião em presídio no Acre termina após mais de 24 horas de negociação; 5 mortes são confirmadas

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A rebelião no presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco, que se arrastou por mais de 24 horas, acabou por volta das 10h na manhã desta quinta-feira (27). O policial penal que foi mantido refém por detentos foi liberado e encaminhado ao pronto-socorro de Rio Branco. O governo do estado confirmou a morte de cinco presos, ainda sem identificação.

A polícia civil está no presídio para fazer a identificação dos corpos e ouvir agentes e testemunhas. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e representantes do Ministério Público também estão dentro do presídio, segundo informações do gabinete de crise formado pelo governo do estado para acompanhar a rebelião.

O governo do estado ainda não divulgou como as mortes ocorreram nem como os presos conseguiram armas dentro do presídio. A rebelião começou na manhã de quarta-feira (26) quando presos renderam policiais penais e tiveram acesso às armas que foram usadas para tomar o pavilhão de isolamento da unidade. Um outro policial foi ferido de raspão e conseguir sair do local.

As ruas que dão acesso ao presídio tiveram de ser bloqueadas durante a rebelião, e um esquema de segurança foi montado na Avenida Antônio da Rocha Viana em frente ao Instituto Médico Legal (IML) em Rio Branco. Desde quarta, familiares buscam informações no local. Além disso, o policiamento nas ruas da capital foi reforçado.

Ainda na noite de quarta, um caminhão frigorífico foi levado ao pátio do IML. Porém, o gabinete de crise não explicou o porquê dessa movimentação.

Caminhão frigorífico foi levado ao IML em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

Sobre o presídio

O presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves existe há 15 anos e tem, ao todo, 99 presos. Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen-AC). Os tipos de presos são aqueles que exercem poder de liderança nos grupos criminosos que fazem parte. Os grupos criminosos são separados por pavilhões.