Bolsonaro vai ao TSE contra live de Lula com artistas em São Paulo

A campanha do presidente pede a remoção do vídeo por suposto abuso de poder econômico cometido pelo petista

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A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou, nesta terça-feira (27/9), uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que pede a remoção dos vídeos da “superlive” com artistas realizada pelo ex-presidente Lula (PT), na segunda-feira (26/9), em São Paulo. A equipe jurídica do candidato à reeleição afirma que houve abuso de poder econômico e dos meios de comunicação.

O evento foi transmitido pelas redes sociais do Partido dos Trabalhadores. A “superlive” contou com as apresentações da atriz Thalma de Freitas e do influencer Murilo Ribeiro. Também participaram do ato artistas como Daniela Mercury, Gregório Duvivier, Maria Bopp, Laerte, Casagrande e Paulo Miklos.

Durante o encontro com os artistas, Lula afirmou que “o tempo do ódio, da guerra, da discórdia e da desunião está chegando ao fim. Cabe a nós inaugurarmos um novo tempo. Um tempo de paz, democracia, união, prosperidade, amor e esperança”.

O documento apresentado pela campanha de Bolsonaro pede uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije). Segundo citado pela peça, a suspensão da transmissão evitaria que o material fosse utilizado como propaganda partidária pela campanha do ex-presidente petista.

Além disso, a equipe jurídica de Bolsonaro declara que o uso do material representaria “ofensa à igualdade de condições entre os contendores”, já que o chefe do Executivo não teria tempo suficiente para realizar um evento da mesma magnitude.

“Ao término, o próprio candidato Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco e proferiu discurso político, que se prestaria ao encerramento de sua campanha”, afirma um trecho do documento.

A campanha de Bolsonaro declarou que não está questionando o direito dos artistas de se manifestarem politicamente, “mas sim a estrutura criada entorno desse evento”.