Os exercícios são uma resposta da China à visita da deputada norte-americana Nancy Pelosi a Taiwan. A viagem, que durou menos de 24 horas entre terça-feira (2) e quarta-feira (3), enfureceu Pequim, que considera a ilha parte de seu território.
As manobras chinesas afetam 900 voos e rotas de navios na região.
Taiwan implantou sistemas de mísseis para rastrear a atividade da força aérea chinesa e disse que navios da marinha taiwanesa permaneceram de prontidão para monitorar a atividade na região. Taipei ainda acusa a China de conduzir um bloqueio na região.
O governo também que vários de seus portais têm sido alvos de hackers.
“O Ministério da Defesa Nacional sustenta que manterá o princípio de se preparar para a guerra sem buscar a guerra, com a atitude de não escalar o conflito ou causar disputas”, disse em comunicado do governo de Taiwan.
Pequim, por sua vez, defendeu os exercícios militares, bem como outras manobras nos últimos dias em torno de Taiwan, como “justas e necessárias” e culpou os Estados Unidos e seus aliados pela escalada. “Na atual briga por conta da visita de Pelosi a Taiwan, os Estados Unidos são os provocadores e a China é a vítima”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
O governo da Rússia, que tem sido aliado da China em questões de política exterior, também se manifestou nesta quinta-feira (4) sobre os exercícios militares. O Kremlin disse que Pequim tem soberania para realizar os testes, e alegou que foi Nancy Pelosi quem provocou as tensões.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, agradeceu às nações do Grupo dos Sete (G7) por apoiarem a paz e a estabilidade regionais, depois que o grupo pediu à China que resolva as tensões no Estreito de Taiwan de maneira pacífica. “Taiwan está empenhada em defender o status quo e nossa democracia. Trabalharemos com parceiros que pensam da mesma forma para manter um Indo-Pacífico livre e aberto”.