A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e, desde então, lança uma ampla ofensiva contra esta ex-república soviética.
O presidente russo, Vladimir Putin, alega que quer uma garantia de que a Ucrânia nunca entrará para a Otan. Criada para proteger a Europa da ameaça soviética no início da Guerra Fria, a aliança militar transatlântica foi sendo continuamente ampliada depois, até chegar às portas da Rússia.
Desde o fim da União Soviética (URSS), em 1991, a aliança incorporou 13 países da região aos seus membros, entre eles as ex-repúblicas soviéticas Estônia, Lituânia e Letônia.
A Ucrânia é atualmente um “país-associado” à Otan, o que significa que pode se unir à organização no futuro. Para o Kremlin, a inclusão de seus vizinhos na aliança é uma tentativa dos americanos e das potências europeias de cercar seu território.
“Para os EUA e seus aliados, é a chamada política de detenção da Rússia, com óbvios dividendos políticos. E para nosso país, é uma questão de vida ou morte, é uma questão do nosso futuro histórico como povo. Não é exagero. É uma ameaça real não só aos nossos interesses, mas à própria existência do nosso Estado e sua soberania”, disse Putin ao anunciar a invasão em 24 de fevereiro.