O depoimento de Eduardo Pazuello é um dos mais aguardados pelos integrantes da CPI. O general do Exército comandou o Ministério da Saúde entre maio de 2020 e março de 2021.
A gestão de Pazuello foi marcada por recordes sucessivos no número de mortes por Covid. O ex-ministro também deverá abordar temas como atrasos na aquisição de vacinas; indicação de remédios comprovadamente ineficazes contra a Covid; e o colapso na saúde de Manaus (AM).
Segundo o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, uma orientação dada pelo ministério durante a gestão de Pazuello provocou a falta de vacinas para aplicação da segunda dose.
De acordo com o colunista do G1 Gerson Camarotti, o Palácio do Planalto pressionou, sem sucesso, para que o depoimento do ex-ministro não fosse presencial.
Omar Aziz, durante a reunião da CPI, afirmou que depoimento virtual demanda montagem de estrutura específica.
“Saber se lá, onde ele estará virtualmente, não vai cair o sistema, muita coisa […]. O Senado precisa se deslocar para o lugar, para que se faça o link com a comissão e não haja nenhum subterfúgio de dizer que o link caiu”, afirmou Aziz.
Na sequência, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), questionou se haveria algum impedimento para a realização do depoimento por videoconferência.
Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que existe impedimento para depoimento nessa modalidade. Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou que a comissão não autorizou “depoimentos virtuais em nenhum momento”.