30 pessoas estão na fila de espera por leitos para Covid em RO

Rondônia já transferiu 20 pacientes para tratamento em outros estados. Nos primeiros sete dias de fevereiro o estado registrou 104 mortes pela doença.

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O Sistema Estadual de Saúde de Rondônia tem 291 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 e todos estão ocupados nesta segunda-feira (8). Na fila de espera estão 30 pacientes aguardando por uma vaga.

Rondônia já transferiu 20 pacientes para tratamento em outros estados. Nos últimos dias, sete pessoas em quadro clínico grave foram levadas para o Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. Esse pedido de ajuda a outros estados acontece porque o governo diz que não tem como aumentar o número de leitos em Rondônia.

Nos primeiros sete dias de fevereiro o estado registrou 6.509 novos casos de Covid-19 e 104 mortes.

Carta de governadores

Em carta, os governadores que integram o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL) pediram a retomada imediata da habilitação de leitos para a Covid-19 do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles também pediram a retomada imediata do auxílio emergencial.

A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto afirmou que a demanda dos governadores deveria ser encaminhada aos ministérios da Saúde e da Cidadania. Os ministérios da Economia, da Cidadania e da Saúde ainda não comentaram.

O documento foi assinado no domingo (7) por governadores de 9 estados: Waldez Góes (AP), Flávio Dino (MA), Gladson Lima (AC), Wilson Lima (AM), Mauro Mendes (MT), Helder Barbalho (PA), Marcos Rocha (RO), Antônio Denarium (RR) e Mauro Carlesse (TO).

De acordo com o consórcio, com base no levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), no pico da pandemia em 2020, o SUS chegou a ter mais de 23 mil leitos habilitados nesses estados, mas agora são pouco mais de 3 mil.

“Enfatizamos que, neste momento, é vital a retomada da habilitação de leitos no âmbito do SUS, sob pena de se agudizar o problema do subfinanciamento em meses decisivos no enfrentamento à pandemia”, descreve a carta.