Maioria das vacinas da Moderna será reservada no início para os Estados Unidos

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A Moderna espera disponibilizar entre 100 e 125 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19 no primeiro trimestre de 2021. A empresa anunciou, nesta quinta-feira (3) que, no início, entre 85 e 100 milhões de doses serão reservadas para os Estados Unidos.

O laboratório também reafirmou que 20 milhões de vacinas estarão disponíveis nos EUA até o final deste ano. A Moderna vem preparando a cadeia de abastecimento com a administração Donald Trump há meses para garantir a distribuição da vacina logo após a aprovação pela FDA, a Agência Americana de Medicamentos.

Para todos os países fora dos Estados Unidos que vão adquirir a vacina, como a França, a produção será realizada na Suíça, nas fábricas do grupo Lonza.

As autoridades americanas planejam distribuir um total de 40 milhões de doses até o final do ano no país, incluindo aquelas produzidas pela parceira entre as empresas Pfizer e BioNTech. A expectativa é de que cerca de 20 milhões de pessoas sejam vacinadas até o final de 2020, já que o produto é administrado em duas doses.

A Moderna solicitou autorização da FDA e do comitê consultivo da agência, que está revisando todos os dados do ensaio clínico e se reunirá para debater os resultados em 17 de dezembro. A permissão para a distribuição da vacina é esperada logo em seguida. A reunião da FDA para revisar a vacina Pfizer- BioNtech, que foi aprovada na quarta-feira (2) no Reino Unido, acontecerá no dia 10 de dezembro.

A imunização dos americanos contra a Covid-19 “vai levar tempo”, até mesmo para os 100 milhões de americanos que sofrem de outras patologias”, declarou nesta quinta-feira (3) Deborah Birx, coodenadora da luta contra a doença na Casa Branca.”Serão necessárias semanas, inclusive meses, até que os mais vulneráveis sejam imunizados”, disse após uma reunião com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e com o presidente da Assembleia Geral, Volkan Bozkir.

A conselheira não informou se continuará trabalhando com o presidente eleito, Joe Biden, quando ele assumir o cargo, e insistiu na necessidade de se seguir cumprindo as regras para limitar a propagação do vírus: “Sabemos como mudar o curso desta pandemia. Vimos como a Europa recorreu a métodos claros de limitação. Estão em vigor em alguns estados, mas não o suficiente em outros.”

Os Estados Unidos registram mais de 276 mil mortos pela Covid-19 desde março, segundo a Universidade Johns Hopkins.