‘Sem Mercosul, União Europeia cai nos colo dos EUA’, diz associação de exportadores

No momento em que repercute internacionalmente a queimada de florestas na Amazônia e no Pantanal, o Parlamento Europeu sinalizou nesta semana que a ratificação do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul está sob risco devido à política ambiental dos países do bloco sul-americano, numa mensagem direcionada principalmente ao Brasil.

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Apesar disso, o presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, disse à BBC News Brasil que se mantém confiante na implementação do acordo por ser algo que interessa aos dois blocos.

Lembrando que “os dois grandes fornecedores mundiais de agronegócio são Brasil e Estados Unidos”, ele argumenta que o acordo com o Mercosul deixa a Europa numa posição mais favorável para negociar com os americanos.

Segundo dados da Comissão Europeia, os 28 países da União Europeia importaram juntos no ano passado 119,3 bilhões de euros em alimentos e produtos agrícolas (estatística inclui o Reino Unido, que deixou o bloco apenas em 2020). Desse total, os Estados Unidos foram o maior fornecedor (11,8 bilhões de euros), seguidos logo atrás pelo Brasil (11,6 bilhões de euros), que vende à Europa itens como soja em grão e farelo, carne bovina, milho e café.