Agevisa orienta a população para prevenção da Doença de Chagas em Rondônia

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Em Rondônia até setembro de 2020, foram notificados e investigados 20 casos suspeitos de Doença de Chagas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, sendo um confirmado e 19 descartados. Mesmo não sendo um número alarmante de casos, a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), orienta sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar a doença.

De acordo com a coordenação Estadual do Programa de Vigilância e Controle de Doenças de Chagas da Agevisa, medidas estão sendo adotadas para minimizar os problemas advindos da doença, que implicam em realizar ações integradas entre Agevisa, Setor de Entomologia, Análises Clínicas do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) como referência estadual e os municípios com os serviços de saúde local.

O coordenador Estadual do Programa de Vigilância e Controle, José Maria Silva Nobre, explica que todos os casos suspeitos de Doença de Chagas, por ser um agravo de notificação compulsória imediata, deverão ser comunicados em até 24h ao serviço de Vigilância em Saúde da Agevisa no telefone (69) 3216-5294. “Para todos os casos suspeitos de Doença de Chagas devem ser preenchidas a Ficha de Notificação e Investigação de Caso no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e deverá ser concluído em 60 dias”.

TRANSMISSÃO

A doença de Chagas é uma infecção humana causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi, nome científico do protozoário transmissor da doença, popularmente conhecido como barbeiro, e apresenta duas fases clínicas: aguda, que pode ou não ser identificada (assintomática) e a crônica, que precisa ser tratada com medicamento específico.

O coordenador José Maria Silva Nobre, explica que a doença pode ser transmitida por diversas formas, sendo elas via vetorial através da pele lesada ou com mucosas, via transfusional por transplante de órgãos de doadores infectados, via vertical passagem de parasitas de mulheres infectadas que passam para o bebê, via oral por ingestão de alimentos contaminados com os protozoários vivos e via acidental por manipulação em laboratório com material contaminado.

Os sintomas da doença são febre constante e não muito elevada entre 37,5º a 38,50. C, diarreia, vômitos, inapetência, cefaleia, mialgias, aumento de gânglios linfáticos, manchas vermelhas na pele, de localização variável, com ou sem coceira, esclarece o coordenado de Controle de Doenças de Chagas.

Caso a pessoa esteja com o sintoma da doença precisa realizar o exame. Existem dois tipos que devem ser feitos, o parasitológico que é aquele em que o parasita é observado diretamente em uma lâmina pelo analista e é realizado nas Unidades Básicas de Saúde, e dispensam qualquer outra evidência complementar adicional para a infecção. E, o exame sorológico, que é um exame complementar aos exames parasitológicos, onde caso seja detectada a presença da infecção, deve sempre ser colhido em casos suspeitos ou confirmados de Doença de Chagas e enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Com os resultados positivo dos exames, José Maria, orienta para o paciente consultar o centro de saúde ou a equipe de referência do seu município. “Benznidazol é a droga disponível para o tratamento específico da Doença de Chagas Aguda, e Crônica sem complicações”.

José Maria, recomenda que devido à pandemia do coronavírus, as pessoas afetadas pela doença de Chagas, devem seguir as recomendações das autoridades de saúde do seu município.

PREVENÇÃO

A Coordenadoria Estadual do Programa de Vigilância orienta sobre os cuidados para evitar a doença, como tapar buracos e rachaduras nas paredes, e manter higiene de lugares que podem servir de refúgio para o barbeiro. Cuidar da alimentação evitando alimentos crus, caldo de cana e suco de açaí em locais desconhecidos, e evitar animais dentro da casa que podem servir de fonte alimentar dos barbeiros, como cães, gatos e roedores. “Encontrou insetos (Barbeiros), entrega ao setor de endemias do município ou secretaria municipal de saúde para ser encaminhado ao Lacen, em recipientes sem furos e sem qualquer produto químico”, orienta José Maria.