Depois de quatro anos trabalhando com carteira assinada em um condomínio de Porto Velho, Samuel Souza Silva de 37 anos, foi demitido durante a pandemia do novo coronavírus. Para enfrentar as dificuldades financeiras que batiam à porta, o “ex-faz tudo” pegou a rescisão e comprou uma chácara na zona rural da capital. No local, Samuel viu na terra uma nova oportunidade.
Ele passou a plantar rúcula, alface, almeirão, cheiro verde, abobrinha, mandioca, jiló e outros diversos produtos agrícolas que agora ajudam a sustentar a família.
O condomínio onde Samuel trabalhou por quatro anos, abriu as portas para a montagem de uma “feira de orgânicos”. As vendas acontecem em um espaço comum do local e cumpre os requisitos de segurança como: álcool em gel à disposição dos moradores, uso de máscaras e nada de aglomeração.
“A questão da higiene é a melhor parte, ainda mais nessa situação em que vivemos. A gente aponta o que quer e eles pegam pra nós, não tem a questão do manuseio das pessoas. Além da otimização do tempo e espaço não tem aglomeração. Tudo é fresquinho e de qualidade. Do produtor direto para minha mesa”, diz Raissa Meneses, uma das moradoras do condomínio e cliente fiel da banca do Samuel.
Segundo a síndica, Simone Freitas, a ideia de montar uma banca de verduras, ainda mais de um ex-funcionário do condomínio, logo foi aceita pelos moradores.
De acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na última sexta-feira (3), cerca de 11,9 milhões de brasileiros estavam desempregados na segunda semana de junho, o que representa um aumento de, aproximadamente, 700 mil trabalhadores a mais na fila por um emprego no país na comparação com a semana anterior.