Seduc volta a ofertar formação continuada e projeta o 2º semestre da base curricular das escolas públicas de Rondônia

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A pandemia mundial do novo coronavírus interrompeu, de fato, eventos presenciais na Secretaria Estadual de Educação (Seduc), entretanto, o trabalho remoto substitui bem os encontros presenciais.

Conforme a diretora geral de educação, Irany de Oliveira Lima Morais, plataformas digitais têm atendido plenamente à Seduc na busca incessante de oferecer educação qualificada.

Sucessivas videoconferências e lives projetam um movimentado 2º semestre no que diz respeito às soluções para a base nacional comum curricular (BNCC), que regulamenta  a aprendizagem essencial a ser trabalhada nas escolas públicas e particulares de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

A Portaria MEC Nº 331, de 5 de abril de 2018 preceitua para o segundo ciclo a oferta de Formação Continuada para professores, gestores, orientadores e supervisores educacionais pertencentes às redes municipal e estadual.

A eles caberá difundir o conhecimento visando a mecanismos de abordagens práticas que possibilitem os trabalhos com novo currículo. Segundo Irany Morais, estão contemplados numerosos profissionais. “As atividades tiveram início em 26 de maio, com programação até o final do exercício de maio deste ano”, ela assinalou.

Inscreveram-se para os componentes curriculares: Língua Portuguesa, 895, História, 580, Geografia, 535, Ciências, 564, Língua Inglesa, 288, Educação Física, 451, Matemática, 792, e Arte, 461, informou Irany.

Formações acerca do Referencial Curricular do Estado de Rondônia (RCRO) estão em constante ascensão, ela informa . O Referencial é trabalhado pela Diretoria Geral de Educação e Gerência de Formação e Capacitação Técnica e Pedagógica.

Trata-se de um documento de caráter normativo, elaborado e sistematizado em estrita consonância com as diretrizes da BNCC.

COMO FUNCIONA A BNCC

Dez competências podem ser desenvolvidas:

– Conhecimento
– Pensamento científico, crítico e criativo
– Repertório cultural
– Comunicação
– Cultura digital
– Trabalho e projeto de vida
– Argumentação
– Autoconhecimento e autocuidado
– Empatia e cooperação
– Responsabilidade e cidadania

CAMPOS DE EXPERIÊNCIA

Os Campos de Experiência para a Educação Infantil, por exemplo, enfatizam noções, habilidades, atitudes, valores e afetos que as crianças devem desenvolver de zero a cinco anos e buscam garantir os direitos de aprendizagem dos bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas, explica a revista Nova Escola.

Ou seja, o conhecimento vem com a experiência que cada criança vai viver no ambiente escolar. Dessa forma, os Campos estão organizados de forma a apoiar o professor no planejamento de sua prática intencional. “As atividades propostas à criança devem ser bem planejadas, o próprio cuidar não pode ser algo mecânico. A criança precisa ter tempo e espaço para se expressar e o professor tem de estar aberto para acompanhar as reações dela, que serão sempre únicas e pessoais”, explica a assessora pedagógica e formadora Silvana Augusto.

INTERESSES DA CRIANÇA

Em outras palavras, é importante que as práticas do professor estejam diretamente comprometidas com as necessidades e os interesses da criança, para que a vivência se transforme em uma experiência e tenha, de fato, um propósito educativo. “É preciso lembrar que a aprendizagem da criança se dá nas situações cotidianas, sempre de forma integrada, em contextos lúdicos, próximos às práticas sociais que lhes são significativas”, complementa Beatriz Ferraz, consultora do Time de Autores da revista.

Assim, mesmo quando o objetivo é apresentar conhecimentos culturais e científicos às meninas e aos meninos da creche, é preciso levar em conta os Campos, como núcleos integradores das propostas a serem trabalhadas em sala de aula, além de considerar as interações e a brincadeira como formas de viabilizar o aprendizado das crianças.