‘Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro’, diz Flávio após prisão de Queiroz

Senador disse ainda que encara com 'tranquilidade' a prisão de seu ex-assessor. Queiroz é investigado em suposto esquema de 'rachadinha' na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

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Flavio Bolsonaro

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) disse nesta quinta-feira (18) que encara com “tranquilidade” a prisão do seu ex-assessor, Fabrício Queiroz. Disse ainda que a prisão é uma tentativa de “atacar” o presidente Jair Bolsonaro, seu pai.

“Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim. Bastou o presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!”, escreveu o senador no Twitter.

MP diz ter indícios de que Queiroz continuava cometendo crimes

Queiroz foi preso no início da manhã em Atibaia, interior de São Paulo. O mandado foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

No esquema, segundo a investigação, funcionários de Flávio, então deputado estadual, devolviam parte do salário, e o dinheiro era lavado por meio de uma loja de chocolate e investimento em imóveis.

Queiroz estava em um imóvel de Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, que na quarta-feira (17) esteve no Palácio do Planalto, na cerimônia de posse do ministro das Comunicações , Fábio Faria.

Momento em que a polícia entra na casa onde estava Fabrício Queiroz em Atibaia — Foto: Reprodução/TV Globo

Momento em que a polícia entra na casa onde estava Fabrício Queiroz em Atibaia — Foto: Reprodução/TV Globo

No Rio, a Polícia Civil também fez buscas na casa de Alessandra Esteves Marins, que faz parte da equipe de apoio do senador Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, Alessandra repassou cerca de R$ 19 mil a Queiroz.

Justificativa da prisão

O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a prisão de Queiroz porque o ex-assessor de Flávio Bolsonaro continuava cometendo crimes e estava fugindo e interferindo na coleta de provas. A Justiça autorizou também a prisão da mulher de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar.