Amazonas tem 116 novos casos confirmados de Covid-19 nas últimas 24h e total sobe para 2.160

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O Amazonas registrou mais 116 casos de Covid-19 nesta segunda-feira (20), totalizando 2.160 casos confirmados do novo coronavírus no estado, segundo boletim da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). Também foram confirmados mais três mortes pela doença, totalizando 185 mortes.

Ainda de acordo com o boletim, 1.165 pessoas com diagnóstico de Covid-19 estão em isolamento social ou domiciliar, o que corresponde a 53,94% dos casos confirmados no Amazonas. De domingo (19) para segunda-feira, mais 103 pessoas se recuperaram da doença e estão fora do período de transmissão do vírus, totalizando, agora, 635 recuperados.

Nas últimas 24 horas, mais três óbitos que estavam em investigação foram confirmados tendo o novo coronavírus como causa, todos eles de pacientes de Manacapuru. Ao todo, são 185 mortes em todo o estado.

A maioria dos óbitos é de pacientes de Manaus, com um total de 156 mortes. Outros 44 óbitos notificados seguem em investigação pelo Laboratório Central (Lacen) e 22 foram descartados para o novo coronavírus.

Dos 2.160 casos confirmados no Amazonas até esta segunda-feira, 1.772 são de Manaus e 388 do interior do estado.

Além da capital, 26 municípios já têm casos confirmados: Manacapuru (201); Itacoatiara (27); Iranduba (24); Maués (22); Parintins (21); Tonantins (13); Presidente Figueiredo, São Paulo de Olivença e Tabatinga com 11 casos cada; Santo Antônio do Içá (10); Anori e Careiro Castanho com seis casos cada; Tefé (5); Careiro da Várzea (4); Autazes, Coari, Lábrea e Novo Airão com dois casos cada; e Anamã, Boca do Acre, Canutama, Carauari, Juruá, Jutaí, Manicoré e Santa Isabel do Rio Negro com um caso confirmado cada.

Internações

Entre os casos confirmados de Covid-19, há 175 pacientes internados, sendo 77 em leitos clínicos (36 na rede privada e 41 na rede pública) e 98 em UTI (43 na rede privada e 55 na rede pública).

Há ainda outros 640 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 496 estão em leitos clínicos (172 na rede privada e 324 na rede pública) e 144 estão em UTI (57 na rede privada e 87 na rede pública).

Nesta segunda-feira (20), o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Josué Neto (PRTB), emitiu um documento nesta segunda-feira (20) que requer ao presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), a intervenção federal na saúde do Amazonas. O sistema está prestes a entrar em colapso, com taxa de ocupação de leitos com quase 90%.

O documento que solicita a intervenção federal na saúde do Amazonas foi assinado pelo presidente da ALE-AM. No decorrer dos autos, Neto relata informações sobre o colapso na saúde do Amazonas e dados com os números avançados do novo coronavírus.

No documento, o presidente da ALE-AM cita, também, o valor do aluguel do hospital Nilton Lins de R$ 2,6 milhões. O deputado afirma que o valor poderia ter sido aplicado em unidades de saúde pública. O Amazonas lidera o ranking nacional de casos e de mortes para cada grupo de 100 mil habitantes.

Amazonas vive corrida para evitar colapso

Segundo dados do governo, quase 90% do leitos totais para pacientes com Covid-19 estão ocupados. Ao todo, o Amazonas possui 6.710 leitos, entre a rede pública e privada. Em uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (16), o Governo do Amazonas admitiu que o sistema de saúde do estado já apresentava insuficiência da capacidade de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) antes da pandemia da Covid-19.

Segundo o estado, atualmente, o Amazonas possui 682 respiradores cadastrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Desse número, 232 estão voltados para o atendimento de pacientes com Covid-19, sendo 66% disponíveis para a pandemia.

O Governo do Amazonas anunciou, na noite deste sábado (18), novos reforços para o sistema de saúde do estado enfrentar a pandemia da doença. O estado recebeu insumos para 15 mil testes de Covid-19 e concluiu o processo seletivo para contratação de 704 profissionais de saúde.

Por conta do crescimento avançado de casos de contágio, além das mortes, o governo prorrogou o período de estado de calamidade pública no Amazonas por mais 180 dias. Outro decreto estadual também mantém paralisados, até o dia 30 de abril, os serviços não essenciais.

Outra medida tomada pelo governo foi a instalação de containers frigoríficos em unidades de saúde de Manaus, após a repercussão de um vídeo gravado dentro do Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, na Zona Leste de Manaus, que mostra corpos com suspeita da Covid-19 espalhados ao lado de pacientes internados.