Operação Acolhida constrói hospital para atender pacientes com coronavírus em Roraima

Ainda sem data para funcionar, estrutura vai atender, inicialmente, 80 pacientes. Roraima tem dois casos confirmados de coronavírus e dois suspeitos.

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Um hospital de campanha para atender pacientes com coronavírus está em construção em Roraima e vai atender, inicialmente, até 80 pessoas. A estrutura é feita pela Operação Acolhida, missão humanitária que cuida da imigração venezuelana, e tem parceira com o governo e prefeitura de Boa Vista.

A previsão é que a estrutura física do hospital, chamado pela Acolhida de ‘Área de proteção e cuidado’, seja entregue nesta terça-feira (24). O local fica na BR-174, bairro 13 de Setembro, zona Sul e Boa Vista.

O funcionamento, no entanto, depende do planejamento do governo, tendo em vista que o hospital vai atender a brasileiros, venezuelanos e qualquer outro paciente com sintomas da doença em Roraima.

“Isso aqui é uma medida para o coronavírus, especificamente para o coronavírus. O protocolo vai ser regulado pelo estado. A intenção é proteger e liberar os outros sistemas de saúde para as outras enfermidades. Por isso que é um centro de atenção e chamamos de ‘Área de proteção e cuidados'”, afirmou o general Manoel de Barros, comandante da Acolhida.

Roraima tem dois casos confirmados do novo coronavírus e investiga outros dois suspeitos, conforme boletim epidemiológico divulgado na na noite desta segunda pela Secretaria de Saúde do estado.

Estrutura do hosital era de Pacaraima e foi transferida para Boa Vista — Foto: Valéria Oliveira/G1 RR

A estrutura do hospital vai ser separado em áreas de cuidados, divididos nos níveis 1, 2 e 3 – conforme a gravidade de cada caso – e espaço para isolamento.

Dos 80 leitos, três serão de UTI com equipamentos respiradores específicos para pacientes com a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. A meta é ampliar o hospital para atender 1200 pessoas.

A equipe de profissionais já conta com 12 médicos e nove enfermeiros que atuam na missão com os venezuelanos. Esse número deve aumentar porque o governo e prefeitura também vão ceder equipes para o hospital.

“A gente, aqui em Roraima, ainda tem a possibilidade de achatar a curva [de infectados] no isolamento social e no controle. Acredito muito nessas ações de parceira. É o momento de união”, pontuou o general.

Para montar o hospital de campanha em Boa Vista, a Acolhida transferiu a estrutura do que tinha em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, e deixou uma estrutura menor na região.