Para frear avanço da Covid-19, governo do Acre suspende circulação de ônibus interestaduais

Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 solicitou o fechamento das rodoviárias do estado. Acre tem 11 casos confirmados da doença até o domingo (22).

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Para frear o avanço de novos casos de Covid-19, o governo do Acre determinou a imediata interrupção da circulação e do ingresso de veículos de transporte coletivo interestadual de passageiros, público e privado no território acreano. A exceção é para os casos transporte de pacientes.

A medida faz parte do conjunto de ações previstas no decreto nº 5.465, que prevê ações de emergência de saúde pública decorrente da doença causada pelo novo coronavírus.

Em um ofício assinado pelo coordenador do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 e secretário de Saúde do Acre, Alysson Bestene, foi solicitado ainda o fechamento das rodoviárias no estado.

O último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), divulgado nesse domingo (22), apontou que o estado tem 11 casos confirmados da doença. Todos são de pessoas que moram na capital acreana, Rio Branco.

O documento foi encaminhado à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac). Além disso, para a Prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, que também é presidente da Associação dos Municípios do Estado do Acre (Amac) há uma determinação para os demais municípios do estado sejam orientados cerca do fechamento das rodoviárias.

O governador Gladson Cameli enviou, na sexta (20), um pedido ao governo federal solicitando o fechamento dos aeroportos das cidades de Rio Branco, capital acreana, e Cruzeiro do Sul, interior do Acre.

Além disso, também pediu ajuda ao comando da 17ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro no combate ao novo coronavírus no estado.

Decretos governamentais

Em uma edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), o governador decretou ainda o fechamento de shoppings, bares, boates, lanchonete, restaurantes, lojas e outros estabelecimentos.

Só podem funcionar mercados, supermercados, farmácias e drogarias, padarias, distribuidoras de água e gás, hospitais e outros setores essenciais.

Os comerciantes que desrespeitarem o decreto governamental que suspende as atividades não essenciais no estado, podem responder criminalmente por desobediência.

Na terça (17), foi decretada situação de emergência devido à pandemia de Covid-19. O decreto 5.465, válido por 30 dias e podendo ser prorrogado, aponta ainda que as recomendações valem até que a emergência em saúde prevaleça, assim como determinou o Ministério da Saúde.

Também na sexta (20), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) aprovou o pedido de calamidade pública enviado pelo governador Gladson Cameli à Casa. O pedido foi aprovado por unanimidade e tem validade até dezembro deste ano.

A pandemia de Covid-19 foi declarada no dia 11 deste mês pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

G1 organizou uma lista com as alterações informadas pelas instituições. Ela será atualizada sempre que uma nova mudança for divulgada.