Governo pede fechamento de aeroportos do Acre por causa do novo coronavírus

Gladson Cameli enviou ofício ao governo federal pedindo o fechamento dos aeroportos da capital acreana, Rio Branco, e Cruzeiro do Sul, no interior do estado.

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O governador Gladson Cameli enviou na sexta-feira (20) um pedido ao governo federal solicitando o fechamento dos aeroportos das cidades de Rio Branco, capital acreana, e Cruzeiro do Sul, interior do Acre, para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus.

Um boletim, divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) nesse sábado (21), confirmou o 11º caso de Covid-19 no estado. Os pacientes são todos da capital, Rio Branco.

Cameli destacou a importância de se tomar decisões mais “enérgicas”, proporcionais ao efeito da Covid-19, que tem feito milhares de vítimas no Brasil e no mundo.

“Precisamos, neste momento, nos unir em prol da saúde de nossa população, do bem comum e do interesse público tão protegido e cuidado pela Constituição Federal. Por tudo exposto, solicito o fechamento dos aeroportos acima mencionados visando conter a propagação da doença no âmbito do estado do Acre”, disse o governador no ofício que enviou.

Ainda na sexta, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que o fechamento de aeroportos não fará parte da estratégia do governo federal para enfrentar a crise gerada pela pandemia do coronavírus.

Freitas fez a declaração em entrevista à GloboNews. De acordo com ele, a manutenção do transporte aéreo será essencial para o abastecimento de produtos no país, desde alimentos até equipamentos médicos que serão usados no socorro a doentes.

O governo do Acre também enviou pedido de ajuda ao comando da 17ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro no combate ao novo coronavírus.

Decretos governamentais

Como medida de contenção da proliferação da doença, o governo do Acre publicou um decreto, na sexta, suspendendo a circulação e ingresso no estado de veículos de transporte coletivo interestadual e internacional de passageiros, público ou privado. A exceção é para os casos transporte de pacientes.

O transporte entre municípios com desembarque na rodoviária também teve a frota reduzida em 50%.

Conforme o governo, para assegurar as fiscalizações, a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Vigilância Sanitária, além de outros órgãos fiscalizadores, devem manter equipes nas fronteiras, rodoviárias e nas ruas.

Em uma edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), o governador decretou ainda o fechamento de shoppings, bares, boates, lanchonete, restaurantes, lojas e outros estabelecimentos.

Só podem funcionar mercados, supermercados, farmácias e drogarias, padarias, distribuidoras de água e gás, hospitais e outros setores essenciais.

Os comerciantes que desrespeitarem o decreto governamental que suspende as atividades não essenciais no estado, podem responder criminalmente por desobediência.

Na terça-feira (17), foi decretado situação de emergência devido à pandemia de Covid-19. O decreto 5.465, válido por 30 dias e podendo ser prorrogado, aponta ainda que as recomendações valem até que a emergência em saúde prevaleça, assim como determinou o Ministério da Saúde.

Também na sexta (20), a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) aprovou o pedido de calamidade pública enviado pelo governador Gladson Cameli à Casa. O pedido foi aprovado por unanimidade e tem validade até dezembro deste ano.

A pandemia de Covid-19 foi declarada no dia 11 deste mês pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O G1 organizou uma lista com as alterações informadas pelas instituições. Ela será atualizada sempre que uma nova mudança for divulgada.