Ao cumprir agenda em Vilhena, Nazif não descarta disputar eleições em Porto Velho e critica prefeito Hildon Chaves: “em pouco tempo botou tudo fora”

Atual deputado federal garante que população pede seu retorno à prefeitura da capital

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O deputado federal Mauro Nazif, do PSB, esteve em Vilhena cumprindo agenda oficial nesta terça-feira, 14, em entrevista exclusiva ao Extra de Rondônia, falou sobre a possibilidade de concorrer à prefeitura da capital, que esteve sob seu comando na gestão passada.

Em sua análise, as demandas federais são importantes e ele está no mandato parlamentar para dar o melhor de si, mas – segundo ele – há um clamor em torno de sua volta ao Executivo de Porto Velho que não pode ser ignorado. “É uma questão de tempo e paciência, e na hora adequada as coisas serão decididas”, declarou Nazif.

Mauro Nazif, que foi prefeito da capital em 2012, afirmou que deve ter sido o político que “mais apanhou na história de Rondônia durante sua gestão na prefeitura”, e, no entanto, foi o único que teve as contas de seus quatro anos de gestão aprovadas, e também é o único político a passar pela prefeitura da capital e eleger-se para outro cargo em seguida.

“Deixei a prefeitura sob críticas para ser eleito deputado federal dois anos depois”, relembra.

O deputado também declarou ter recebido uma prefeitura falida, com salários defasados e sem aparelhamento.

“Quando saí, Porto Velho foi a terceira capital do país a ter mais dinheiro em caixa, o salário do servidor municipal era o melhor de Rondônia, e tínhamos 350 máquinas na patrulha mecanizada. E isso porque no primeiro ano do mandato a prefeitura estava falida e no segundo aconteceu a maior enchente de Porto Velho, com 30 mil desabrigados sem que ocorresse um óbito sequer. Construímos 150 quilômetros de asfalto com galerias para acabar com alagamentos, resolvendo o problema de milhares de pessoas. É isso que as pessoas enxergam agora, por isso pedem meu retorno”, argumenta.

Sobre a gestão que o sucedeu, com o prefeito Hildon Chaves (PSDB), Mauro Nazif faz a seguinte comparação: “a pessoa trabalhava a vida toda, junta um certo capital e quando está perto de morrer deixa para os filhos. Depois que parte, em três meses os herdeiros acabam com tudo. Foi isso que aconteceu na nossa capital, o prefeito atual recebeu um legado e em pouco tempo botou tudo fora. Como ainda estou aqui, em pleno exercício da atividade política, muita gente pede para que eu retorne, mas como eu disse no início, para tudo tem o tempo certo, e agora temos que ter um pouco de paciência”, encerrou.