Velhos aliados do “sindicato militar” foram esquecidos por Bolsonaro

Líderes de entidades de praças e sargentos, que apoiaram o presidente e fizeram campanha quando era deputado, se queixam da falta de acesso ao Planalto

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No momento que os militares de alta patente discutem no Congresso regras especiais para suas aposentadorias, a turma de praças e sargentos, os graduados, brigam por melhorias salariais e tentam ser contemplados no mesmo projeto de proteção social.

Nessa luta estão antigos aliados do então deputado Jair Bolsonaro, que o apoiaram em suas eleições e contavam com a adesão do presidente à causa dos menos favorecidos nas carreiras das Forças Armadas.

Entre essas lideranças está Ivone Luzardo, presidente da União Nacional das Esposas de Militares das Forças Armadas Brasileiras, que liderava essas ações. Ao seu lado esteve Rogéria Bolsonaro, ex-mulher do presidente e mãe de seus três filhos mais velhos.

Hoje, Luzardo se queixa da desatenção do agora presidente e da falta de acesso ao seu gabinete no Planalto.

“Ombreei junto com Jair Bolsonaro em 2004 na luta por reajuste. Fizemos panelaços e ficamos 70 dias acampados. É preciso lembrar a Jair Messias Bolsonaro que a luta dele começou junto com os militares, defendendo a base da pirâmide. E que não se esqueça de nós agora. Comigo começou a Rogéria Bolsonaro, nessa luta” – diz Ivone Luzardo.