Inmet dispara alerta para baixa umidade do ar em 12 municípios de RO

Umidade pode variar de 30% a 20% nos períodos mais quentes do dia. Temperaturas devem alcançar a marca dos 36ºC ainda neste sábado (15).

513

Doze municípios de Rondônia entraram na lista de atenção do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no início da tarde deste sábado (15), por conta da baixa umidade do ar (veja dicas para minimizar efeitos do ar seco ao fim da reportagem).

Conforme o instituto, que disparou o alerta de cor amarela (potencial perigo), a umidade relativa do ar pode variar de 30% a 20% nos períodos mais quentes do dia. As temperaturas devem alcançar a marca dos 36ºC neste sábado.

Alerta amarelo para baixa umidade foi disparado neste sábado (15).  — Foto: Inmet/Reprodução

Alerta amarelo para baixa umidade foi disparado neste sábado (15). — Foto: Inmet/Reprodução

O alerta amarelo também engloba boa parte do Mato Grosso e regiões de Tocantins e Goiás. Porém, o Inmet informou que ainda não há névoa seca prevista para Rondônia.

“Está no início do período, então acaba que vai diminuindo o volume de chuvas e ficando cada vez mais seco”, disse o meteorologista Amilton Carvalho, reiterando que os meses mais críticos de seca no estado são julho, agosto e setembro.

Veja abaixo os municípios sinalizados com o alerta do Inmet:

Cacoal
Castanheiras
Chupinguaia
Ji-Paraná
Nova Brasilândia D’Oeste
Ouro Preto do Oeste
Pimenta Bueno
Presidente Médici
Primavera de Rondônia
Rolim de Moura
São Felipe D’Oeste
Vilhena

Defesa Civil

Ao G1, o coordenador da Defesa Civil, Marcelo Santos, informou que o órgão já faz um contingenciamento para alertar as pessoas sobre a umidade mais baixa durante o período de estiagem com campanhas de prevenção.

Como reflexo da seca, o nível do Rio Madeira, na capital Porto Velho, por exemplo, caiu para 11, 89 metros. Há somente três meses, o nível chegou a exatos 17,36 metros, afetando mais de 1,4 mil pessoas.

“Já começou a baixar bem. Essa seca também é influenciada pelo fenômeno El Niño, ou seja, o aquecimento das águas no oceano pacífico. Esse fenômeno é um fator decisivo para este período de seca”, explicou Marcelo.

Possibilidade de focos de calor

A baixa umidade também pode influenciar no surgimento de focos de calor em algumas regiões do estado. Conforme Amilton Carvalho, o chamado “Índice de Inflamabilidade de Nesterov”, do Inmet, aponta as possibilidades de ocorrências de incêndios diariamente.

Para sinalizar o grau de perigo, o instituto montou a seguinte legenda: verde (nenhum), verde claro (pequeno), amarelo (médio), laranja (grande), vermelho (perigoso).

Mapa indica pontos com possibilidade de aparecimento de focos de calor.  — Foto: Inmet/Reprodução

Mapa indica pontos com possibilidade de aparecimento de focos de calor. — Foto: Inmet/Reprodução

No caso de Rondônia, há quatro pontos no estado indicando possível aparecimento de focos de calor neste sábado, com dois na cor laranja e dois com pontos vermelhos. Apesar disso, Amilton garante que o indicativo ainda não é extremo.

“Perigo é de queimada espontânea, ou que tenta fazer queimada pequena, quando a vegetação está mais seca. Ou seja, ainda não é extremo. Julho, agosto e setembro fica mais seco”, reforçou o meteorologista.

Entre o início de 2019 e este sábado, Rondônia já contabilizou 193 focos de calor, conforme o banco de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No mesmo período do ano passado, o estado registrou 113, o que representa alta de pouco mais de 70% no número de pontos de chamas.

Número de focos de calor aumenta em Rondônia. — Foto: Reprodução/ Brigada Municipal

Número de focos de calor aumenta em Rondônia. — Foto: Reprodução/ Brigada Municipal

No mês passado, o coordenador substituto do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) em Rondônia, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Hélio Moreira, disse ao G1 que os trabalhos para encontrar medidas de combate às queimadas este ano já começaram.

Em Rondônia, 75 brigadistas trabalharão diretamente nos municípios mais críticos, monitorando o surgimento de mais focos e orientando a população por meio da educação ambiental.

Na capital do estado, a Prefeitura de Porto Velho informou que há 30 brigadistas civis trabalham atualmente na capital para frear as chamas por meio do “Programa Porto Velho Sem Fogo”, desencadeado pela Subsecretária Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema).

Confira abaixo dicas para minimizar efeitos do ar seco:

Dicas ajudam minimar efeitos do ar seco.  — Foto: Arte/G1

Dicas ajudam minimar efeitos do ar seco. — Foto: Arte/G1